Madri, 5 abr (Prensa Latina) Com o filme cubano ''Esther en
alguna parte'' (Esther em alguma parte; 2013), do realizador Gerardo Chijona,
foi aberta nesta capital uma mostra de cinema dos países da Aliança Bolivariana
para os Povos de Nossa América (ALBA).
Baseada na novela de mesmo nome de Eliseo Alberto Diego
(Lichi), música de José María Vitier e com um elenco de grandes atores e
atrizes cubanas, o filme abriu o ciclo na Casa de América de Madri titulado
'Cinema Alba: O caminho para a integração'.
'Esther en alguna parte' se destaca dos temas abordados
ultimamente pelo cinema cubano e está centrado na curiosa amizade que surge
entre dois idosos totalmente diferentes mas unidos por estranhas casualidades
da vida, segundo afirmou em sua apresentação Natasha Díaz-Arguelles,
conselheira de Cultura da embaixada de Cuba na Espanha.
Trata-se de uma história sobre o amor e a amizade que pode
ser comum a qualquer um de nossos países, explicou a diplomata, quem destacou
as interpretações de Reynaldo Miravalles e Enrique Molina nos papéis
protagonistas.
O ator cubano Vladimir Cruz, conhecido entre outros por seu
papel no longa-metragem 'Morango e Chocolate' (1994), de Tomás Gutiérrez Alea,
leu algumas palavras enviadas por Chijona, que não pôde assistir à exibição por
compromissos de trabalho.
"Tudo começou quando Eliseo Alberto Diego (Lichi) nos
mostrou, a seu irmão Constante (Rapi) e a mim, o manuscrito de 'Esther en
alguna parte'. Assim que o leu, Rapi disse em seguida: Aqui tem um filme e
temos que fazê-lo", contou o cineasta em sua mensagem.
O filme que vocês vão ver é esse sonho convertido em
realidade, disse Chijona, depois de confessar que, no plano pessoal, sua
satisfação foi ver o nome de seu querido amigo (Eliseo Diego) nas telas e
também o de Miravalles, de longe o melhor ator de cinema e televisão que Cuba
nos deu, afirmou.
O diretor de 'Esther en alguna parte ' se despediu com um
agradecimento à Casa de América por mostrar sua obra, e convidou o público
presente a desfrutar de sua história.
Como parte desta mostra do ALBA, que continuará a partir de
hoje no Centro da Diversidade Cultural de Venezuela na Espanha, serão
projetados o filme 'Conflito das águas' (2011), rodado na Bolívia, da diretora
espanhola Icíar Bollaín; e o documentário equatoriano 'Alfaro vive carajo'
(2009), de Mauricio Samaniego.
A República Bolivariana da Venezuela apresentará 'Macuro, la
fuerza de un pueblo' (Macuro, a força de um povo; 2008), dirigida por Hernán
Jabes, enquanto a Nicarágua escolheu 'La pantalla desnuda' (A tela nua; 2014),
de Florence Jaugey.
Como país convidado, El Salvador fechará o ciclo com o
documentário 'Cuatro puntos cardinales' (Quatro pontos cardinais; 2014), do
realizador Javier Kafie.
Na ALBA, estamos convencidos que a batalha pela definitiva
independência de nossos povos e para construir um mundo melhor, em paz, com
solidariedade e verdadeira cooperação, é cultural, manifestou o embaixador
venezuelano em Madri, Mario Isea.
Por isso, um dos projetos mais importantes que empreendemos
foi o cultural, porque entendemos que uma revolução é uma profunda
transformação cultural, do contrário não é [revolução], declarou Isea à Prensa
Latina.
Via – Prensa Latina
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