"Eu acho que nós vamos continuar lutando para voltar ao
governo. O que nós iremos fazer é resistir, resistir e resistir. E lutar para
quê? Para ganhar no mérito e retornar ao governo", disse a presidente
Dilma Rousseff, em entrevista concedida à BBC, na qual já antevê uma provável
derrota no Senado, no próximo dia 11 de maio; "O que vem acontecendo na
América Latina e não só no Brasil? Vem ocorrendo a substituição de golpes
militares, das décadas de 60 e 70, por golpes parlamentares. O que acontece num
golpe parlamentar? Na prática, geralmente, são feitos por aqueles que não têm
votos suficientes e, portanto, legitimidade suficiente, nem aprovação, nem
popularidade suficientes"; Dilma definiu o vice Michel Temer como
"usurpador"
Do Brasil 247
Em entrevista ao jornalista Wyre Davies (leia aqui), enviado
especial da rede britânica BBC a Brasília, a presidente Dilma Rousseff já
antecipou sua provável derrota no Senado, no dia 11 de maio, mas afirmou que
pretende lutar para voltar ao poder, vencendo no mérito, uma vez que seu
processo de impeachment vem ocorrendo sem base legal, ou seja, sem crime de
responsabilidade.
"Eu acho que nós vamos continuar lutando para voltar ao
governo. O que nós iremos fazer é resistir, resistir e resistir. E lutar para
quê? Para ganhar no mérito e retornar ao governo", disse ela.
Dilma também denunciou a nova forma de golpes na América
Latina, em que os quepes são substituídos por manobras jurídicas e
parlamentares. "O que vem acontecendo na América Latina e não só no
Brasil? Vem ocorrendo a substituição de golpes militares, das décadas de 60 e
70, por golpes parlamentares. O que acontece num golpe parlamentar? Na prática,
geralmente, são feitos por aqueles que não têm votos suficientes e, portanto,
legitimidade suficiente, nem aprovação, nem popularidade suficientes".
Usurpador na Rio 2016
Ela também revelou tristeza diante da possibilidade de não
participar da abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
"Aí, a tocha chega. A tocha, de uma certa forma, sintetiza toda essa luta,
todo esse esforço, e ao mesmo tempo uma certa tristeza porque eu estou ameaçada
de não comparecer como presidenta nos Jogos Olímpicos que eu construí e que
venho construindo desde o governo de presidente Lula. Então, não há certeza se
eu comparecerei como presidenta ou não, mas o mero temor de não ser eu, ser uma
pessoa que usurpa o meu lugar, é que dá essa sensação de tristeza e
injustiça."
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