Julgar sem conhecimento de causa é um grande erro, generalizar
as pessoas, os grupos, as regiões, os países é algo que não devemos praticar,
às vezes de onde menos se espera é que aparece a tão esperada solução. Temos a
mania de julgar o livro pela capa, cuidamos muito da embalagem e nos esquecemos
o conteúdo.
Jesus Cristo foi contemporâneo aos fariseus, grupo religioso
que se julgava detentor da verdade, diziam-se irrepreensíveis, inquestionáveis,
porém, grandes questionadores. Os fariseus queriam se mostrar impecáveis, mas a
sua santidade era apenas fachada e o bom Cristo os conhecia muito bem, em uma
de suas mais notáveis repreensões contra os hipócritas fariseus, disse: “Sois
semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro
estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão”. (Mt
23,27-28).
Portanto, está mais do que óbvio que as aparências enganam.
O reluzir não é uma característica unicamente do ouro, sendo assim, condenar ou
absolver pela aparência não é uma ação sensata.
O pré-conceito está intrinsecamente relacionado ao
preconceito, ser preconceituoso é um dos tumores principais que nos impede
evoluir como seres racionais. Por mais que haja divisões sociais ou
territoriais, ninguém é melhor que ninguém e a raça é uma só, a humana.
Se for para haver divisão, que seja de dignidade, do bem
comum. Não a divisão de grupos, das corriolas ou das panelinhas. É preciso que
esta realidade venha à tona, somos todos uma só raça, independente das nossas
ideologias, nossas roupas, dos nossos cabelos ou das nossas peles. Não é justo
incriminarmos ou sermos incriminados por aquilo que pensamos. A saúde é o nosso
maior patrimônio e a paz na consciência é o maior exemplo de qualidade de vida.
Não tente ser melhor que ninguém. Somos todos falíveis, limitados e efêmeros. A
vida é breve e perder tempo com picuinhas e disse que disse, não é algo
inteligente.
Aprenda, o sistema cria uma pirâmide social imaginária, os
que estão no topo, exploram, se julgam melhores do que os que estão embaixo,
porém, no baixar da sepultura, somos a mesma coisa. A morte é a nossa grande
certeza, não há doutor, não há mendigo, não há rico e nem pobre, não há feio e
nem há bonito. Ela nivela a todos.
Pensemos nisso...
Mateus Brandão de Souza.
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