É o maior conjunto de novos planetas já anunciado, de uma só
vez, pela agência espacial. Do total, nove são rochosos e potencialmente
habitáveis.
A Nasa anunciou nesta terça-feira a descoberta de 1.284
novos planetas fora do Sistema Solar – é o maior conjunto de novos planetas já
anunciado, de uma só vez, pela agência espacial. Eles foram vistos pelo
telescópio espacial Kepler e, do total, 550 planetas podem ser rochosos, como a
Terra, e nove deles são potencialmente habitáveis – ou seja, ficam a uma
distância tal de suas estrelas que possibilitam a ocorrência de temperaturas
ideais para que exista água líquida sobre a superfície, principal condição para
o surgimento de vida. Com esses nove, atualmente são 21 os planetas
potencialmente habitáveis já identificados no Universo – os melhores candidatos
a uma “nova Terra”.
“Este anúncio mais do que duplica o número de exoplanetas
descobertos pelo telescópio Kepler”, afirmou Ellen Stofan, cientista-chefe da
agência espacial americana, em um comunicado. “Isso nos dá esperança de que em
algum lugar lá fora, em torno de uma estrela muito parecida com a nossa,
poderemos, eventualmente, descobrir uma outra Terra.”
Candidatos a Terra – A análise foi publicada nesta
terça-feira no periódico Astrophysical Journal e feita com 4.302 “candidatos a
planeta”, nome que recebem os dados do telescópio que indicam a probabilidade
da existência de um planeta orbitando uma estrela fora do Sistema Solar. Por
meio de uma nova metodologia estatística, o astrofísico Timothy Morton, da
Universidade Princeton, nos Estados Unidos, conseguiu analisar um grupo grande
de candidatos de uma só vez.
Com o novo método, Morton verificou que 1.284 têm uma
probabilidade maior que 99% de serem planetas, enquanto 1.327 requerem mais
estudos para serem verificados como planetas. O estudo validou ainda 984
candidatos que já haviam sido verificados como planetas por outras técnicas e
descartou a existência de 707 planetas, que devem ser algum outro tipo de
evento astronômico.
Essas análises são possíveis porque o observatório espacial
Kepler, lançado em 2009, monitora 150.000 estrelas em busca de sinais de
planetas, particularmente aqueles que poderiam ser capazes de sustentar a vida.
O instrumento capta o escurecimento da luz da estrela, conhecido como trânsito,
cada vez que um planeta passa orbitando diante dela. É um evento semelhante ao
trânsito de Mercúrio que pode ser observado nesta semana – o telescópio percebe
a diminuição da luminosidade da estrela quando algum objeto passa por ela.
Dos cerca de 5.000 candidatos a planetas
encontrados até agora, mais de 3.200 já foram verificados pelos cientistas –
2.325 deles foram descobertos pelo Kepler.
No ICAB
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