O governo ilegítimo de Michel Temer tomou mais uma medida
dura contra a população mais carente, Bruno Araújo (PSDB), ocupante do
ministério das Cidades revogou, nesta terça-feira (17), a portaria editada pela
presidenta Dilma Rousseff que autorizava a construção de 11.250 unidades do
programa Minha Casa Minha Vida.
A medida havia sido anunciada pela presidenta Dilma Rousseff
no 1º de maio, Dia do Trabalhador no ato das centrais sindicais na capital
paulista. Na ocasião, a presidenta disse que seriam contratados mais 25 mil
moradias neste ano para as entidades e movimentos sociais. O restante das
moradias estava direcionada para a versão rural do programa.
A portaria que foi cancelada referia-se às obras que seriam
contratadas pela Caixa Econômica Federal e destinadas à faixa mais carente do
programa habitacional, a chamada faixa 1, que atende famílias com renda mensal
bruta de até R$ 1.800. A portaria que regulamentava o modelo do Minha Casa,
Minha Vida voltado para entidades também foi revogado no decreto.
A modalidade "Entidades" tinha o objetivo de liberar
financiamento direto para famílias de baixa renda organizadas de forma
associativa (como em cooperativas e associações, por exemplo), que produzam
suas unidades habitacionais. Segundo o portal do ministério, as entidades
passariam por um processo de "habilitação", realizado pela Caixa e só
poderiam ser aceitas após uma análise da regularidade institucional da entidade
e de sua qualificação técnica.
Para o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
(MTST), Guilherme Boulos, a ação tomada por um governo ilegítimo não o
surpreende, mas disse que sua resposta será dada nas ruas. O movimento está
organizando atos contra o golpe neste domingo (22).
"É lamentável. Dissemos desde o começo que o processo
golpista visava atacar também direitos sociais. Hoje foi só o primeiro corte, e
não tenha dúvidas de que vamos responder nas ruas de todo o país", afirmou
Boulos.
Boulos já havia explicado a importância da participação das
entidades no processo de construção das das casas populares. “Quando a construtora
faz o projeto, ela vai fazer para maximizar seu lucro. Então ela faz o projeto
no tamanho mínimo, para aumentar a parte de lucro. Quando os próprios moradores
fazem o projeto, a discussão não é lucro, mas é qualidade. Isso é evidente”,
destacou o líder do movimento.
Tucano na Odebrecht
Quem não se lembra, o tucano Bruno Araújo foi o deputado que
deu o voto decisivo para a abertura do impeachment contra a presidenta Dilma
Rousseff no fatídico 17 de abril na Câmara dos Deputados. O presidente do PSDB de
Pernambuco e vice de Aécio Neves na presidência nacional do PSDB também é um
dos políticos que tiveram seus nomes citados em planilhas da Odebrecht,
apreendidas durante a Operação Acarajé, da Policia Federal, no final de março
deste ano. Segundo investigações, ele recebeu cerca de R$ 300 mil reais da
Odebrecht para a campanha de 2010 e 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário