Ficou evidente que a mobilização para retirar Dilma da
Presidência era parte do plano de barrar as investigações da Lava Jato, para
que não atingisse o PMDB e seus comparsas nessa ação criminosa.
Jucá, braço direito de Temer, foi derrubado, mas a imprensa
tradicional se esforça para tentar fingir que nada aconteceu.
Temos dois cenários pela frente e uma pauta que pode unir a
massa que foi manobrada achando que estava combatendo a corrupção. Muitos já
envergonhados.
A questão é que precisamos ser realistas. Defender Dilma é
fundamental, pois ela é a democracia. Os votos de 54 milhões de brasileiros. Se
os senadores tiverem vergonha na cara, mudarão seus votos e absolverão a
presidenta.
Dilma retornando, poderia agir com sensibilidade e gentileza
e oferecer ao povo uma consulta popular, um plebiscito, sobre novas eleições
presidenciais. Isso a colocaria no altar da dignidade. Pois, demonstra a
nobreza de, mesmo após ser injustiçada, reconhecer a importância da opinião
popular.
Por outro lado, se Dilma não retornar, o governo de Temer
seguirá sendo ilegítimo e somente uma campanha pelas "Diretas Já!"
poderá resgatar a democracia.
Com eleições diretas o povo poderia decidir se quer Temer no
poder. E já sabemos que a grande maioria não quer.
Diante desse Congresso composto por uma maioria criminosa,
que impossibilita qualquer tentativa de reforma política séria, precisamos
estar prontos para a possibilidade de novas eleições. Mais que isso.
Essa pauta poderá criar um novo ambiente político para o
país que afunda cada dia mais numa crise política sem precedentes.
Por Altamiro Borges
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