Aves de rapina Brasil |
Respeitando-se em suas devidas qualidades os conhecimentos
filosófico e cientifico, vamos nos atentar aqui tão somente a um outro
conhecimento, o do senso comum, sem jamais menosprezá-lo, pois por mais que
pensadores e cientistas possuam suas convicções, o senso comum sem a pesquisa
nem a experiência aprimorada, não deixa de ser um conhecimento do qual podemos
acumular aprendizagens.
O dito popular “a coruja gaba o próprio toco” nos remete às
fábulas onde a coruja é uma personagem inteligente, dada ao diálogo, personagem
esta que se auto-promove, que intenciona convencer terceiros que ela, a coruja,
possui qualidades mil, muito embora estas qualidades sejam inexistentes ou sejam
vistas apenas no imaginário das corujas.
Foram das fábulas também, que tiramos a expressão “mãe
coruja”, pois seus filhotes embora visivelmente horríveis, a mãe coruja os
considera lindos. Portanto, quando o senso comum diz que a coruja gaba o
próprio toco, obviamente concluímos que de forma alguma alguém em sã
consciência propagará suas debilidades ou defeitos.
A propaganda busca convencer, evidenciar a um terceiro que
determinado objeto, pessoa ou o que quer que seja possua qualidades ímpares,
significativas e consideráveis. Quando a pessoa se comporta como a coruja das
fábulas, muitas vezes ela está persuadindo aos quatro cantos sobre suas
qualidades, qualidades muitas vezes inexistentes e vislumbradas apenas no
imaginário daqueles que estão se auto-propagando.
“Sejam outras que te aplaudam, não as tuas mãos, seja outra
que te louve, não a tua boca”. Assim nos ensina um dos provérbios atribuídos ao
sábio Salomão. Ninguém jamais falará mal de si próprio, pois os próprios
interesses estão sempre em jogo, é uma questão de lógica.
Portanto, prezado leitor, aproveitemos a sabedoria popular
contextualizando seus ditados repletos de fundamentos. Em toda esta
competitividade a qual estamos inseridos cada qual puxa a brasa para sua
sardinha.
Pensemos nisso...
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA
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