A Ordem dos Advogados do Brasil, que apoiou o golpe
parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, emitiu, neste sábado, seu primeiro
sinal público de descontentamento com o governo provisório de Michel Temer.
Em nota, a OAB afirmou que investigados na Lava Jato não
podem ser ministros. “Todos os cidadãos têm direito à ampla defesa e ao devido
processo legal. Mas ressalto que a equipe de ministros precisa estar acima de
qualquer suspeita. Os investigados devem poder se defender sem, para isso,
comprometer a credibilidade dos ministérios”, diz nota assinada pelo presidente
Claudio Lamachia.
“Quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser
ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar
melhores rumos”, prossegue o texto. “Faço o alerta de que a nomeação de
investigados contraria os anseios da sociedade e não deveria ser feita.”
Temer nomeou dois investigados, Romero Jucá, no
Planejamento, e Henrique Eduardo Alves, no Turismo, e também um outro
personagem citado nos inquéritos, que é Geddel Vieira Lima, na Secretaria de
Governo.
Ontem, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi à
procuradoria-geral da República para que Rodrigo Janot diga que se, com as
nomeações, Temer obstruiu também a Justiça – pois esta é uma das acusações
feitas à presidente Dilma Rousseff quando da nomeação de Lula para a Casa
Civil.
Via – Brasil 247
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