Por onde andará a galera sangue bom, os despreocupados,
aquela gente incrível que fazia das noites momentos deliciosos e incomparáveis.
Que fim levaram os loucos, os reis dos sábados especiais?
Cadê cada componente que emendava as mesas e ali bebiam, comiam e viviam nas
também extintas lanchonetes de antigamente?
Onde entraram as meninas lindas daquele tempo que alumbraram
tantos olhares? Que fim levou aquela galera que valia a pena?
Hoje a avenida expõe outros rostos, outras gentes, são
apenas leigos que não protagonizaram as histórias de infindas madrugadas
andando a pé. Cadê aqueles jovens de ontem? Aqueles que flertavam num tempo
onde não existia celulares nem sites de relacionamento?
Saudades daquele povo magnífico, numerosa gente que o
destino foi tirando um por um e aos poucos desfalcando a grande turma. Alguns
se foram pra sempre, outros foram tragados pelos compromissos, caíram na malha
do sistema que a todos devora.
Velhos tempos, verdes dias, dias que transformaram os
adolescentes risonhos em mulheres e homens carrancudos, calvos e tristes. Tempo
cruel que ofuscou o brilho de tantos olhares, tempo que usurpou o tempo de sair
e curtir a vida nas inesquecíveis noites e dias.
Doces saudades do outro tempo, quando os espaços públicos
eram ocupados por caras diferentes das de hoje.
Segue esta postagem em homenagem a cada um daqueles que
faziam o mundo melhor, saudades da patota que fazia das salas de aula, a melhor
maravilha do mundo.
Neste deserto sem doidos felizes de agora, eu pergunto: Meus
diletos loucos, onde andam vocês?
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