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Se continuar nesta cavalgada insana, pagando a fatura dos
seus ricos apoiadores, o "interino" Michel Temer não dura muito
tempo. As camadas populares, que até agora assistiram à distância o “golpe dos
corruptos”, sairão às ruas para exigir a sua queda e a volta da presidenta
Dilma, legitimamente eleita pela maioria dos brasileiros. Em menos de uma
semana, o governo golpista já anunciou o corte de 11.250 unidades do programa
“Minha Casa, Minha Vida”, a redução drástica dos beneficiários do “Bolsa
Família”, a nefasta intenção de rebaixar o atendimento no Sistema Único de
Saúde (SUS) e a ampliação da idade da aposentadoria. O Judas Michel Temer vai
ser crucificado em praça pública!
Na terça-feira (17), o ministro das Cidades, o tucano
corrupto Bruno Araújo – baita redundância – revogou portaria editada pelo
governo Dilma que autorizava a Caixa Econômica Federal a contratar a construção
de até 11.250 unidades habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida”. As obras
previstas seriam administradas pelos movimentos de moradia e seriam destinadas
à faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800. O
ministro do PSDB, denunciado por receber propina na Operação Lava-Jato,
justificou o cruel golpe argumentando que pretendia “libertar das amarras
ideológicas” o programa habitacional do governo petista. Haja cinismo do
medíocre golpista!
De imediato, o integrante da coordenação nacional do
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, anunciou
protestos contra o grave retrocesso social, que atinge milhões de famílias sem
moradia. “É lamentável, mas era previsível. Dissemos desde o começo que o processo
golpista visava atacar também direitos sociais. Hoje foi só o primeiro corte, e
não tenha dúvidas de que vamos responder nas ruas de todo o país”. Uma
manifestação massiva já foi marcada para o próximo domingo, 22 de maio, e
Guilherme Boulos promete “incendiar o país” contra as medidas antipopulares do
governo golpista. “Não vamos dar um minuto de trégua”, afirma.
Em outra investida contra o povo, o Judas Michel Temer
anunciou que pretende rever os critérios de concessão dos benefícios do “Bolsa
Família”, um dos programas mais elogiados – no Brasil e no mundo – das gestões
petistas. De imediato, a presidenta Dilma reagiu à iniciativa devastadora numa
entrevista na sua página no Facebook: “Eles têm falado muito em cortar
benefícios. Com o Bolsa Família, falam em cortar de 10% a 30%. Isso significa
de 4,7 milhões até 13 milhões de pessoas. Eles falaram até em deixar só 5% das
pessoas, ou seja, só 10 milhões de pessoas no Bolsa Família. Sabe o que isso
significa? Iriam tirar 36 milhões de pessoas do Bolsa Família numa canetada
só”.
Integrantes do governo “interino” de Michel Temer também têm
dado declarações controvertidas à imprensa falando sobre a urgência de “revisar
o tamanho do SUS”. Em entrevista nesta semana, o ministro da Saúde, Ricardo
Barros (PP-PR), financiado em sua campanha pelos planos privados de medicina,
afirmou que “o país não conseguirá mais sustentar os direitos que a
Constituição garante – como o acesso universal à saúde – e que será preciso
repensá-los”. Ele foi explícito: “Vamos ter que repactuar, como aconteceu na
Grécia, que cortou as aposentadorias, e em outros países que tiveram que
repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de
sustentá-las”.
Diante da repercussão negativa da entrevista, o picareta Ricardo
Barros, já rotulado de “ministro dos planos de saúde”, até tentou consertar o
estrago. “Após afirmar que o Estado não tem como assumir todas as garantias
previstas na Constituição, incluindo o acesso universal à saúde, o ministro
disse na terça (17) que o SUS ‘está estabelecido’ e que não deve rever o
tamanho do sistema. Em um sinal de recuo, Ricardo Barros disse que é preciso
rever os gastos com a Previdência, assim como ocorreu em outros países, mas não
o acesso à saúde”, relata a Folha privatista. Mas, como diz o ditado popular,
onde há fumaça há fogo. E até setores médios da sociedade, que usam o SUS, já
estão temerosos com os retrocessos!
O Judas Michel Temer está brincando com fogo. E pode se
queimar rapidamente. Será o governo mais curto e efêmero da história do país!
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