Sessão extraordinária para votar a instauração do processo
de impedimento da presidente Dilma Rousseff no Senado começa às 9h desta
quarta-feira (11); com voto de maioria simples, parlamentares deverão afastar
Dilma pelo prazo máximo de 180 dias pela acusação de crime de responsabilidade;
a defesa do governo diz não haver base jurídica no processo, aponta golpe em
curso e diz que vai judicializar o caso até o fim; o vice Michel Temer (PMDB)
assume assim que for notificado da decisão; a votação será aberta no painel
eletrônico; "Meu papel como presidente do Congresso é conversar com todos
os atores, ajudar a dirimir dúvidas, levar informações. Com bom senso, com
responsabilidade e equilíbrio, encaminhar o desfecho para a situação de impasse
que está apavorando o Brasil", afirmou o presidente do Senado, Renan
Calheiros, sobre a votação.
No Brasil 247
O Senado deverá abrir o processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff em sessão nesta quarta (11). Com voto de maioria
simples, parlamentares deverão afastar Dilma pelo prazo máximo de 180 dias. O
vice Michel Temer (PMDB) assume assim que for notificado da decisão. A votação
será aberta no painel eletrônico.
Presidente do Senado, Renan Calheiros afirmou que pretende
ter com Michel Temer, caso este assuma a Presidência da República, a mesma
relação que possui atualmente com Dilma Rousseff, “de muita independência, mas
especialmente de harmonia”: "Meu papel como presidente do Congresso é
conversar com todos os atores, ajudar a dirimir dúvidas, levar informações. Com
bom senso, com responsabilidade e equilíbrio, encaminhar o desfecho para a
situação de impasse que está apavorando o Brasil", afirmou.
Leia abaixo reportagem da Agência Senado sobre o
procedimento da votação no Senado:
A sessão extraordinária para votar a instauração do processo
de impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff, começa às 9h desta
quarta-feira (11). Os oradores inscritos, contra e a favor do parecer da
Comissão Especial do Impeachment, falarão alternadamente por até 15 minutos
cada um e apenas uma vez. Não será permitida orientação da bancada pelos
líderes e também não serão permitidos apartes.
— Como esse é um julgamento, qualquer orientação de líderes
ajudaria a partidarizar o assunto, o que não é bom que aconteça — ponderou o
presidente do Senado, Renan Calheiros.
Até o início da noite desta terça-feira (10) já estavam
inscritos 65 parlamentares. Como cada senador terá 10 minutos para discutir e
mais cinco minutos para encaminhar o voto, a expectativa é de que sejam mais de
15 horas de sessão, dividida em três blocos: de 9h às 12h; das 13h às 18h; e
das 19h até o termino da votação.
Renan advertiu os senadores sobre a impossibilidade de eles
falarem mais do que o tempo determinado, pois os microfones das duas tribunas
desligarão automaticamente ao final dos 15 minutos.
— Para permitir um melhor planejamento de cada senador e de
cada senadora, eu vou comunicar quando estiverem faltando dois minutos e quando
estiver faltando um minuto para permitir uma sintetização, um arremate da
intervenção de cada parlamentar — explicou.
Ao final das inscrições, o relator da Comissão Especial,
Antonio Anastasia (PSDB-MG), usará a palavra por 15 minutos. Em seguida, falará
o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que defende Dilma, também por
15 minutos.
Finalmente, a votação será aberta no painel eletrônico. Para
ser aprovado, o relatório precisa da maioria simples (metade mais um),
presentes pelo menos 41 senadores. Renan Calheiros não quis antecipar o prazo
para a notificação da presidente Dilma Rousseff, caso a decisão do Plenário
seja pelo seu afastamento.
— Isso não está definido. A citação, se for o caso, será feita
pelo 1º secretário — enfatizou.
Michel Temer
Renan Calheiros também afirmou que pretende ter com Michel
Temer, caso este assuma a Presidência da República, a mesma relação que possui
atualmente com Dilma Rousseff, “de muita independência, mas especialmente de
harmonia”.
— Meu papel como presidente do Congresso é conversar com
todos os atores, ajudar a dirimir dúvidas, levar informações. Com bom senso,
com responsabilidade e equilíbrio, encaminhar o desfecho para a situação de
impasse que está apavorando o Brasil — afirmou.
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