O "golpe dos corruptos", liderado pelo Judas
Michel Temer, tem deixado muita gente feliz da vida - incluindo os mafiosos que
comandam o futebol brasileiro. Nesta quarta-feira (11), o jornalista Martin
Fernandes postou no insuspeito site da "Globo Esporte" uma notinha
reveladora: "O afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), a ser
confirmado pelo Senado, será comemorado na CBF. Dilma e seus auxiliares mais
próximos nunca tiveram simpatia por quem toma as decisões na confederação - e a
recíproca é verdadeira. Tanto aliados quanto críticos da CBF em Brasília
avaliam que a interlocução com o governo federal vai melhorar e muito com
Michel Temer (PMDB)".
A festa dos cartolas é compreensível. Afinal, eles viviam em
pleno inferno astral desde a descoberta, no exterior, dos bilionários esquemas
de propinas na Fifa. As investigações resultaram na prisão de sete dirigentes
da entidade, inclusive do presidente da CBF, o aecista José Maria Marin. Elas
também aumentaram as suspeitas contra a TV Globo, que ganha fortunas com a
exclusividade de transmissão do futebol - a principal fonte de corrupção neste
setor. Nesta fase delicada, os cartolas esbarraram na antipatia da presidenta
Dilma, que nunca escondeu sua aversão aos corruptos da CBF. Agora, eles se
sentem vingados e festejam. Sabem que poderão roubar à vontade na gestão do
'amigo' Michel Temer.
E essa máfia é craque em roubalheira. Nesta semana, a
revista Época exibiu o balanço contábil das 27 federações estaduais em 2015.
"Foram arrecadados R$ 144,8 milhões pelos cartolas que não chutam uma
bola, não pagam salários de atletas, nem constroem e mantém estádios, mas detêm
o monopólio sobre o futebol. Não existe partida oficial sem o aval das
federações, da Confederação Brasileira de Futebol e da Fifa. O dinheiro está
concentrado no eixo Rio-São Paulo. As duas federações recebem metade de todo o
faturamento". Esta grana, sem qualquer controle, garante as orgias dos
cartolas. Não é para menos que os três últimos chefões da CBF - são acusados de
corrupção..., mas nos EUA!
No início de março, a Justiça Federal até determinou a
condução coercitiva do presidente da entidade, coronel Antônio Carlos Nunes de
Lima, após ele ter se negado a depor na CPI do Futebol no Senado. A decisão
judicial, porém, não teve qualquer efeito e o cartola da CBF segue sem dar
explicações sobre as várias denúncias de corrupção na confederação, inclusive
nas transmissões televisivas dos jogos. Agora, com a chegada ao poder do
"amigo" Michel Temer, talvez os mafiosos nem precisem mais se
preocupar com as acusações.
Isto explica o clima de festa na CBF com a queda de
Dilma!
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