Quem for ao encontro verá muitas raridades. Uma delas é um
Fusca Sprinter 1950, de cor vinho, importado da Alemanha. Tem valor
inestimável, mas o proprietário calcula que uma eventual venda seria acima dos
R$ 120 mil
Eles se juntam para apreciar ou simplesmente falar de
raridades em quatro rodas. Neste sábado teve início o 4º Encontro de Veículos
Antigos de Paranavaí, no Pesqueiro Maresia (Avenida Heitor Furtado). A festa
continua neste domingo das 8 às 13 horas, com entrada franca.
Viajar para expor carros é o hobby levado a sério pela
Equipe Adriana, de Dourados (MS). Alceu Soares Aguiar explica que os encontros
servem para fazer amizade, pura diversão. Mas, manter os carros dá trabalho. A
equipe trouxe vários carros para Paranavaí, utilizando uma cegonha (carreta
preparada para transportar carros).
Carro de reliqueiro tem que funcionar. Para tal, Aguiar
mantém peças em estoque. Isso nem sempre é suficiente. Muitas vezes tem que
pesquisar e até mandar fazer. O importante é garantir o bom funcionamento das
preciosidades. A equipe mantém o alto astral em roda de churrasco e prosa.
Adriana, que dá nome à equipe, é esposa de Aguiar.
Quem também leva a sério o encontro de reliqueiros é Laércio
Lisboa, de Campo Grande. Ele vive na estrada com uma carreta cheia de carros
antigos. No seu caso, uma profissão, já que é o responsável por transportar a
equipe e suas preciosidades. Antes de Paranavaí, estava em Jataizinho, também
em encontro.
FUSCA RARO - Quem for ao encontro verá muitas raridades. Uma
delas é um Fusca Sprinter 1950, de cor vinho, importado da Alemanha. Tem valor
inestimável, mas o proprietário calcula que uma eventual venda seria acima dos
R$ 120 mil.
Outra raridade do encontro é um Ford Coupe 1947, de cor
preta. O carro é do paranavaiense Hilário Pereira, 75 anos, que o adquiriu em
1984, em Cascavel. Desde então, cuida da manutenção com todo cuidado. Tem mais
de 600 quilos de peças em casa e trata da mecânica pessoalmente. Taxista
aposentado, Hilário antecipa que o seu carro não tem preço. As avaliações
estariam na casa dos R$ 300 mil.
PROMOTORES - O encontro é promovido pelo Clube dos Amigos
Reliqueiros - CAR - que integra o Noroeste do Paraná e Sul do Mato Grosso do
Sul. Willian Leite Ferreira é o responsável pela organização. Conta que o que
move é a paixão, vinda de família. Ele tem uma Kombi 1973 e um Fusca 1965,
também expostos no evento.
Um grande personagem
No encontro de reliqueiros um personagem chama a atenção
pelo bom humor e objetos extravagantes que compõem o seu raro Buick Century
1958. Valdir Zamin, 60 anos, é o popular Gaúcho de Nova Londrina. Barba
comprida e sempre disposto, ele mostra o carro importado dos Estados Unidos e
adaptado no Uruguai para funerária. Está em seu poder há 15 anos. Ele mesmo
buscou o carro no país vizinho e desde então foi acrescentando adereços.
Como é um carro funerário, o Buick logo ganhou um caixão
caseiro, feito por Gaúcho. Grandes chifres na dianteira, sanfona cenográfica e
outros objetos compõem o visual agressivo e divertido. Gaúcho comenta que no
Uruguai o carro era usado para enterro de gente de posses, especialmente
políticos.
Daí, algumas brincadeiras e a sugestiva frase na traseira do
carrão, que tão bem representa o momento presente: “Pra político ladrão, haja
caixão”. Se alguém estiver de olho no Buick, pode desistir. Gaúcho não vende e
afirma que já rejeitou proposta de R$ 150 mil.
Via Diário do Noroeste
Via Diário do Noroeste
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