O silêncio do PSDB em relação à truculência da PM paranaense
contra os professores é sintomática do oportunismo e da indignação coletiva de
seus dirigentes.
Aécio Neves e Beto Richa |
Por *Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo
Onde está a histeria de um Carlos Sampaio, o Carimbador
Maluco? Onde foi parar Aloysio Nunes e sua vontade de fazer sangrar? FCH?
Serra?
Num vídeo do 1º de Maio, ao lado de Paulinho da Força e de
Eduardo Cunha, Aécio falou que aquele era o “dia da vergonha, o dia que a
presidente Dilma se acovardou e não teve coragem de dizer aos trabalhadores
brasileiros porque eles vão pagar o preço mais duro desse ajuste”.
Ok. Instado a se manifestar sobre a pancadaria em Curitiba,
foi sucinto. “Nós lamentamos profundamente”, disse. “Nada do que aconteceu em
Curitiba deve ser objeto de ironia ou de críticas”.
Era isso? A batalha campal não pode ser criticada ou
ironizada? Foi uma indireta a Dilma, que fez uma observação, aliás tímida e
superficial, da porradaria.
Quem determina o que pode ser dito? Nenhuma palavra de
solidariedade de Aécio a quem apanhou pelas mãos da polícia de um colega de
legenda?
Em setembro de 2014, Aécio esteve com Richa em alguns comícios.
“Vim buscar no Paraná exemplos de iniciativas para bem governar o Brasil”,
discursou. Num evento tucano, ainda cravou: “Da minha geração, Beto Richa é o
mais bem preparado homem público”.
Um modelo de gestão fabuloso. Entre outras coisas, os dois têm
em comum a faixa etária (ambos nos 50) e o fato de ser membros de uma dinastia
política. Richa é o Aécio que venceu as eleições e cujo preço os paranaenses
pagam com pitbulls.
*Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e
músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São
Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.
Via Portal Vermelho
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