A queda é 27% dos casos de dengue na comparação entre março e abril deste ano. A tendência é continuar a redução com a chegada do inverno
Boletim da dengue, divulgado pelo Ministério da Saúde,
mostra que o pico de transmissão da doença já passou. De março para abril houve
uma redução de 27% dos casos de dengue no Brasil. No mês de março foram
registrados 337,7 mil casos, período considerado como o pico da transmissão. Já
em abril a doença recuou para 246,6 mil notificações. A tendência é continuar a
redução da transmissão com a chegada do inverno, mas as medidas de prevenção devem
ser mantidas durante todo o ano.
Ao todo, 13 estados apresentaram redução dos casos na
comparação da transmissão de março para abril. As maiores reduções foram nos
estados do Amapá (79,3%), que teve 682 casos em março e caiu para 141, em
abril; São Paulo - que reduziu a transmissão em 51,3%, de 192,2 mil casos, em
março - para 93,7 mil, em abril; e Maranhão (47,2%), com queda de 2,2 mil para
1,2 mil.
Neste ano, foram registrados 845,9 mil casos de dengue até
dia 9 de maio (SE-18). A região Centro-Oeste apresentou a maior incidência de
casos, com 653,1/100 mil habitantes (99.403 casos); seguida pelas regiões
Sudeste, com 648,1/100 mil habitantes (551.657 casos); Nordeste, com 221,4/100
mil habitantes (124.376 casos); Sul, com 163,9/100 mil habitantes (47.554
casos); e Norte, com 133,3/100 mil habitantes (23.007 casos). O Ministério da
Saúde também foi notificado de 290 óbitos e 505 casos graves no mesmo período
de 2015.
MAIS CASOS EM 2015 - Na comparação com 2014, o número de
casos de dengue representa um aumento de 155,5% e uma redução de 30% na
comparação com 2013 no mesmo período. Em 2013 foram registrados 1,2 milhão de
casos da doença, neste mesmo período. Com relação aos óbitos, o número deste
ano representa um aumento de 25% na comparação com 2014 e uma redução de 33,3%
na comparação com 2013. Naquele ano, foram registradas 435 mortes, neste mesmo
período.
AÇÕES - Para intensificar as medidas de vigilância,
prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde repassou, em janeiro, um
recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios
brasileiros. Os recursos são exclusivos para qualificação das ações de combate
aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a
contratação de agentes de vigilância. Do total repassado, R$ 121,8 milhões
foram para secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões às secretarias
estaduais. O recurso adicional é exclusivo para ações contra dengue e
chikungunya e não possui caráter permanente. Os recursos são repassados via
Fundo Variável de Vigilância em Saúde e o valor representa um subsídio de 12%
do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde, de R$ 1,25
bilhão.
Além dos recursos exclusivos para essas ações, o Ministério
realizou o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti
(LIRAa), instrumento que serve para traçar um panorama da situação da dengue em
todo país, partindo das informações de cada município. A ideia é que essas
informações sirvam para os gestores locais direcionarem com mais precisão as medidas
de prevenção, combate e controle da doença, uma vez que o levantamento indica
os locais com mais criadouros do mosquito. Neste ano, 1.844 municípios
participaram do levantamento, um aumento de 26,3% em relação ao ano passado.
O Ministério da Saúde também realizou reuniões
macrorregionais para discutir com os gestores e técnicos das secretarias
estaduais e municipais de saúde estratégias de combate e prevenção à dengue.
Outra medida para controle da dengue foi a elaboração do Plano Nacional de Contingência
da Dengue e Chikungunya, disponível para estados e municípios com reforço nas
orientações.
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