Análise dos materiais indica que os jovens não usaram drogas. O laudo de DNA também indica que uma terceira pessoa esteve no quarto
Foi divulgado ontem o resultado do laudo sobre a
investigação da morte dos jovens André Fernandes de Freitas Perez Silva e
Gabriela Cerci Bernabe Ferreira. O exame acrescentou novos detalhes que poderão
ajudar na elucidação do crime. Os jovens foram encontrados mortos no dia 4 de
abril em um quarto de motel, na BR-376, em Paranavaí.
O laudo traz cinco conclusões. A primeira é que o tecido
encontrado embaixo da unha de Gabriela pertencia a ela mesma.
Os técnicos também concluíram que os sangues encontrados no
local do crime são das duas vítimas. O exame toxicológico do jovem deu negativo
e apresentou a presença de bebida alcoólica. Também o exame toxicológico na
jovem deu negativo. A última conclusão foi a identificação do perfil genético
da terceira pessoa presente no quarto.
CONFRONTO - Com a identificação genética encontrada nas
amostras coletadas no quarto, a polícia conseguiu uma importante prova que
ajudará a chegar até o assassino. O próximo passo será o “confronto” com o DNA
dos suspeitos.
O principal suspeito é um homem com passagens pela polícia.
Ele já confirmou através de uma declaração assinada que estava no motel na
noite do duplo homicídio.
Nessa declaração, entregue por um advogado, o suspeito
revela o nome de uma quarta pessoa e seria um dos homens presos quando tentaram
roubar a agência do Sicredi no Distrito de Sumaré. Esse quarto suspeito está
preso em Maringá.
Por conta da acusação, recentemente ele foi ouvido sobre os
fatos e negou que tenha estado no motel. Negou também qualquer tipo de envolvimento
com as mortes.
RELEMBRE - O casal foi encontrado morto no dia 4 de abril em
um motel localizado na BR-376 próximo a uma das entradas de Paranavaí, via
Jardim Morumbi. No quarto não havia sinais de arrombamento.
No dia do crime os policiais verificaram as imagens externas
das câmeras de segurança e constataram que os dois chegaram ao motel por volta
das 4h10. A pessoa que dirigia a camionete S-10 teve dificuldades para
estacionar. O veículo foi manobrado e chegou a bater duas vezes na parede da
garagem.
Após dias de investigação a polícia conseguiu identificar
que uma terceira pessoa teria entrado na garagem no momento que o veículo era
manobrado.
Essa pessoa permaneceu no quarto por quase duas horas. O
suspeito entrou sozinho no motel e só foi possível chegar até o seu nome por
causa da placa do carro usado na noite. Esse veículo passou por uma perícia que
não encontrou sinais de sangue no seu interior.
Posteriormente esse acusado quase foi preso e chegou a trocar
tiros com a Polícia Civil. A prisão não aconteceu porque o carro utilizado
pelos policiais apresentou uma falha no sistema elétrico e não foi possível
haver a perseguição.
AS MORTES - O laudo da necropsia realizado pelo Instituto
Médico Legal (IML) de Paranavaí concluiu que a jovem morreu em decorrência de
uma fratura na coluna cervical.
Já o estudante de Direito morreu de edema agudo
do pulmão.
No laudo assinado pelo legista de Paranavaí havia o relato
que a advogada tinha lesões nas pálpebras.
A jovem também tinha uma pequena
fratura no lado direito do crânio.
Resultado dos exames
- Nas amostras de unhas retiradas da vítima Gabriela Cerci
Barnabe Ferreira em análise de DNA foi observado tratar-se de material genético
pertencente a própria vítima Gabriela.
- As amostras de sangue encontradas no interior do quarto
são pertencentes às vítimas, não sendo revelado perfil genético de outra
pessoa.
- Análise de objetos apreendidos no quarto e amostras
coletadas pelo IML identificaram perfil genético de terceira pessoa diversa,
não pertencente ao perfil genético das vítimas André e Gabriela.
- Quanto ao exame toxicológico realizado em amostras de
sangue e órgãos da vítima André resultou negativo. Detectado a presença de
álcool etílico.
- Quanto ao exame toxicológico realizado em
amostras de sangue e órgãos da vítima Gabriela resultou negativo
Via - Diário do Noroeste
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