Uma descoberta recente traz sérias dúvidas sobre as
possibilidades reais de que exista vida em outra parte da Via Láctea.
Trata-se da observação da estrela TVLM 513-46546, localizada
a 35 anos luz da Terra, no aglomerado globular M9. Além de surpreender por sua
velocidade, que lhe permite realizar uma rotação completa a cada duas horas, os
cientistas também analisaram seu campo magnético: é centenas de vezes mais
poderoso que o do Sol, com emissões 10 mil vezes mais fortes que as erupções da
nossa estrela, apesar de ter 90% a menos de massa, algo que era absolutamente
impensável até hoje.
Peter Williams, do Centro de Astrofísica Harvard
Smithsonian, e diretor da pesquisa, explica que “se vivêssemos ao redor de uma
estrela como essa, não poderíamos ter comunicações por satélite. Na verdade,
seria extremamente difícil que a vida conseguisse evoluir em um entorno tão
tempestuoso”.
O artigo, publicado pelo The Astrophysical Journal, sugere
que essa descoberta, captada pelos telescópios do observatório ALMA, no Chile,
é desanimadora em relação à procura de vida extraterrestre em nossa galáxia:
estrelas como essa são as mais comuns, porém são tão frias que um hipotético
planeta habitável teria que orbitar muito perto para conter água líquida –
claro que essa proximidade, com a novidade das tempestades solares, não seria
apropriada para abrigar vida.
Via GIZMODO
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