..."Será que o Ministério Público Federal, tendo à frente o carrasco Sergio Moro, vai convocar o ex-presidente tucano para depor? Será que o Jornal Nacional, da TV Globo, vai dar destaque à denúncia? Será que os fascistas mirins farão um boneco inflável de FHC vestido de presidiário? A conferir!"
Por Altamiro Borges
O ex-presidente FHC saiu quase escorraçado do Palácio do
Planalto em 2003, com os piores índices de popularidade da história do Brasil.
Para piorar, ele não conseguiu emplacar nenhum dos seus filhotes tucanos nas
quatro últimas disputas sucessórias – José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio
Neves. Na verdade, com exceção da eleição presidencial de 2014, ele inclusive
foi alijado do palanque e dos programas de tevê do PSDB para não prejudicar
seus postulantes.
Vaidoso e rancoroso, ele passou então a conspirar
abertamente contra os quatro últimos governos eleitos democraticamente pelo
povo. No pior estilo udenista, ele se travestiu de paladino da ética na sua
cavalgada golpista. Só que a vida é cruel e agora é ele quem está na berlinda,
com graves acusações de corrupção. Em sua “delação premiada”, o ex-diretor da
Petrobras, Nestor Cerveró, foi taxativo: “A propina ao governo FHC foi de US$
100 milhões”. E agora FHC?
O depoimento do ex-diretor da área internacional da estatal
vazou neste sábado (9). O jornal Valor Econômico teve acesso com exclusividade
ao documento sigiloso em que Nestor Cerveró fez a afirmação. A revelação bombástica
pegou de surpresa as redações da mídia tucana e os falsos moralistas de
plantão.
O próprio FHC, que sempre elogiou as “delações premiadas e
premeditas” e os vazamentos seletivos, correu para desqualificar o depoimento
prestado no bojo da Operação Lava-Jato. Posando de vítima e de puro – afinal,
todo tucano é santo –, ele afirmou que as denúncias de corrupção contra seu
reinado “são vagas”, “não trazem elementos que permitam verificação” e “servem
apenas para confundir”, desviando o foco das investigações contra os governos
petistas. Haja cinismo!
Como lembra o Jornal GGN, “em fevereiro do último ano,
Fernando Henrique Cardoso disse que a corrupção da Petrobras começou com o PT:
‘Trata-se de um processo sistemático que envolve os governos da presidente
Dilma e do ex-presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras
que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com as
empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, desviar recursos em
benefício próprio ou para cofres partidários'”.
Agora, porém, “um dos primeiros delatores da Operação
Lava-Jato, Nestor Cerveró, disse que uma das negociações envolveu uma propina
de US$ 100 milhões ao governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003),
ou 650 milhões em reais atualizados”. A propina teria sido paga no processo da
suspeita venda da petrolífera Pérez Companc à Petrobras, em julho de 2002. A
negociata, na época, teve um custo de US$ 1,02 bilhão.
Diante das denúncias, FHC se apressou em negar as “delações
premiadas” e vazamentos seletivos. Será que a mídia, sempre tão cordial com o
grão-tucano, vai abafar as revelações de Nestor Cerveró? Será que finalmente a
revista Veja estampará na sua capa uma foto sombria do “príncipe da Sorbonne”?
Será que o Ministério Público Federal, tendo à frente o carrasco Sergio Moro,
vai convocar o ex-presidente tucano para depor? Será que o Jornal Nacional, da
TV Globo, vai dar destaque à denúncia? Será que os fascistas mirins farão um
boneco inflável de FHC vestido de presidiário? A conferir!
Via Blog do Miro
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