O projeto envolve a atual BR-376, a PR-577 e a MS-473,
totalizando 120 km. No Paraná trata-se do trecho entre Nova Londrina e o Porto
São José, da PR-577, no modelo proposto, deve haver um pedágio no trajeto. Ou
seja, os cidadãos terão um tributo vitalício (pedágio), caso o projeto saia do
papel...
Maquete mostra como ficaria o trevo de Nova Londrina com as
obras de duplicação
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A reportagem é do Diário do Noroeste
Um sonho antigo da região de Paranavaí começa a ganhar corpo
por conta da mobilização de lideranças da comunidade. Trata-se do pleito pela
duplicação da rodovia ligando os estados do Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul
(MS), através da região Noroeste paranaense.
Na próxima terça-feira (dia 14), um grupo de técnicos e
líderes comunitários se reúne em Campo Grande para detalhar o projeto. O líder
da Sociedade Civil Organizada de Paranavaí, o agropecuarista Demerval
Silvestre, explica que a ideia é formar uma Parceria Público-Privada (PPP) para
tornar o sonho realidade. No modelo proposto, deve haver um pedágio no trajeto.
Pela iniciativa, a duplicação segue a partir de Paranavaí,
passando pelo Porto São José (Rio Paraná), chegando até Taquarussu, no MS. O
projeto envolve a atual BR-376, a PR-577 e a MS-473, totalizando 120 km.
No primeiro passo, as vias estaduais serão federalizadas
(passando a ser BR-376, como já ocorreu no passado), abrindo espaço para os
contratos de parceria e execução. No Paraná trata-se do trecho entre Nova
Londrina e o Porto São José, da PR-577.
O projeto tem vantagens econômicas e sociais para os dois estados,
explica Silvestre.
Para o Mato Grosso do Sul, haveria uma redução de pelo menos
80 quilômetros no escoamento da safra até o porto. Hoje o mais utilizado pelo
estado vizinho é o Porto de Santos (SP). A duplicação contemplaria as cidades
de Ivinhema, Campo Grande, Dourados, entre outras, que teria uma nova rota de
interligação.
Com a duplicação, passaria a ser mais interessante a
utilização do Porto de Paranaguá (PR) pelos mato-grossenses do sul. Daí, uma
das razões para o interesse paranaense, salienta o agropecuarista.
O projeto elaborado por técnicos e que conta com a parceria
da Unespar (Universidade Estadual do Paraná), aponta 95 quilômetros de
duplicações, 30 quilômetros de pista simples, mais cinco quilômetros englobando
a ponte sobre o Rio Paraná (2 km) e contornos em pista dupla (3 km). Uma obra
audaciosa, estimada em cerca de R$ 850 milhões de custos totais.
Demerval Silvestre mostra confiança no projeto. Argumenta
que importantes lideranças dos dois estados estão engajadas, incluindo entidades
classistas e universidades. Nesta primeira etapa será mostrado o trabalho
técnico, a logística, bem como as viabilidades econômica e social, resume.
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