Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A semana política, que aparentemente começa desanimada, vai
esquentar.
É preciso “dar um gás” na manifestação do dia 12, que não
parece ir lá muito bem das pernas, depois das dissensões que envolveram seus
diversos grupos e, afinal, sua submissão à ala mais radical, que tem seu “papa”
em Olavo de Carvalho, homem capaz de pérolas como a contida em sua entrevista
ao jornal A Tarde:
“Se queremos restaurar a possibilidade de um debate franco,
teremos de impor isso à força.”
Desta vez, também, ao que parece, não haverá a ajuda do
Governo, com aquele desastrado pronunciamento de “mea-culpa” de Dilma, nem com
a imposição, nada gradual, dos reajustes de preços.
Mas, sobretudo, joga contra eles o fato de que, como
movimento inorgânico, a perda da “novidade” jogue como desmobilizador de muita
gente.
Mas isso quer dizer que a manifestação esteja fadada ao
“amanhã vai ser menor”?
Não.
A primeira, obvia, é que não sou adivinho, e menos ainda
sobre manifestações inorgânicas, ainda que formalmente comandada por um grupo
perfeitamente identificado de nulidades suspeitas.
A segunda é que o núcleo curitibano, que confessadamente
opera a justiça do marketing – ao confessar que investigou lançando “um grande
171″ pode acertar, outra vez, o “timming” de suas revelações – ou
pseudo-revelações – para ajudar no “agito”.
E a terceira é a de que a mídia, embora com mais
dificuldades do que em março, pode, ainda, se lançar a uma ofensiva
convocatória para o ato, o que também não parece provável, à exceção, talvez,
da Veja.
Espera-se que a esquerda, que tem todo o direito de se
manifestar também e muitas razões para se contrapor com atos à ofensiva da
direita, perceba, desta vez, que pode – com radicalização – ajudar a direita
radical.
Ela voltou a existir abertamente, está forte e deve ser
enfrentada.
Mas ainda não furou a barreira que precisa vencer para
chegar ao golpismo real, não o da intenção no qual chafurda.
A normalidade do funcionamento das instituições e da vida
brasileira, que vai começar a se impor, independentemente da campanha de terror
que contra ela se promove.
Via Blog do Miro
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