“Maior respeito e civilidade especialmente aos negros se faz
necessário”. Eduardo Suplicy compareceu ao 37º DP durante a detenção de Mano
Brown e conta o que aconteceu
Rapper Mano Brown foi preso e solto nesta terça-feira, em
São Paulo (Imagem: Luiz Claudio Barbosa/Futura Press
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O secretário de Direitos Humanos da cidade de São Paulo,
Eduardo Suplicy (PT), se manifestou na manhã desta terça-feira por meio de sua
conta no Facebook sobre a detenção do rapper Mano Brown , dos Racionais MCs, na
noite dessa segunda-feira. Segundo o político, Brown foi abordado quando ia à
farmácia comprar remédio para sua mãe, que esteve hospitalizada.
“No caminho, foi parado por batalhão de PMs. Abriu os
vidros, desceu do carro. Mandaram ele elevar os braços por trás da cabeça.
Brown pediu para não tocarem nele. Um forte policial deu-lhe um mata leão e o
derrubou no chão. Diversos passaram a ofende-lo. Algemaram-no e o levaram ao
37º DP, no Campo Limpo”, relatou o secretário, que foi até a delegacia para dar
apoio ao músico.
“Maior respeito e civilidade especialmente aos negros se faz
necessário. O fato de o exame de saúde da carteira de habilitação estar vencido
não justificava aquele procedimento”, disse Suplicy.
Versão da PM
Segundo a Polícia, Mano Brown estava com a habilitação e
licenciamento do carro vencidos. A abordagem ocorreu na avenida Carlos Caldeira
Filho, na zona sul da capital paulista.
Os PMs que estiveram na delegacia negaram qualquer agressão.
Eles relataram, segundo o delegado Fábio Brandão, que “pediram educadamente e
que o cantor não aceitou a revista pessoal”, por isso foi necessário dominar o
rapper. Eles acrescentaram que não houve abuso da força. Os policiais e o
cantor relataram ao delegado truculência e ofensas da outra parte.
Brown
Mano Brown é o principal nome do grupo Racionais MC’s. Em
2014, a banda formada ainda por Edi Rock, KL Jay e Ice Blue completou 25 anos
de carreira.
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