O anteprojeto de reforma de previdência do governo do estado
que vazou na semana passada está recebendo duras críticas dos servidores de
diversas áreas do governo. Os sindicatos de professores das universidades
estaduais já estão se mobilizando para a retomada da greve encerrada há poucos
dias. A APP-Sindicato tem assembleia geral marcada para dia o fim de abril.
O envio do projeto do governo para a Assembleia Legislativa
foi adiado de ontem (31) para a próxima segunda-feira (6). Há quem duvide que o
projeto saia. Mas se for apresentado nesses moldes, uma nova crise política
deve se instalar no governo estadual.
O texto do anteprojeto propõe transferir servidores do Fundo
Financeiro para o Fundo Previdenciário que tenham ingressado após 31/12/2003 e
também aqueles que contarem com idade igual ou superior a 73 anos.
Esta segregação de massas atingiria aproximadamente 33 mil
servidores e desobrigaria o Estado deixe de depositar algo em torno de R$ 143
milhões mensais. Há outros pontos que desagradam os servidores, como a criação
do complementar e a formatação do conselho paritário de administração do fundo
de previdência.
Ou seja, a essência continua sendo a mesma do projeto
anterior — que era confiscar de uma vez R$ bilhões da poupança previdenciária
dos servidores –, mas a ocupação da Assembleia, em 12 de fevereiro, salvou a
Paranáprevidência. Só que agora, em vez de confisco único, serão “sacados” os
recursos em prestações mensais…
Os deputados da oposição na Assembleia já manifestaram os
pontos de discordância ao líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli
(PMDB). Mesmo sem atender à oposição, o governo ainda teria maioria para
aprovar o projeto. Resta saber se a base do governador está disposta a repetir
o mico do “camburão” e se Beto Richa vai arriscar o pescoço novamente atiçando
os sindicatos.
A greve de fevereiro mostrou que os servidores não estão
para brincadeiras.
Com informações do Adunicentro.
Via Blog do Esmael
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