Enquanto 79% dos médicos que entraram no programa, de julho
de 2013 a dezembro de 2014, são cooperados cubanos, todos os que entraram em
2015 são brasileiros.
No começo deste ano, além da opção existente desde o início
do programa, na qual o médico atende por três anos na atenção básica do local
para onde for designado, o Ministério da Saúde adicionou uma segunda
alternativa para profissionais registrados no Brasil, em que eles passam apenas
um ano clinicando e recebem, ao final, um bônus de 10% nas notas de concursos
para ingresso em residências médicas.
Com a mudança feita em janeiro de 2015, foram abertas 4.146
vagas, das quais 92% foram preenchidas por profissionais com registro no Brasil
e 8% por médicos brasileiros formados fora do País e sem registro. A cada três
meses, o governo abre editais para repor vagas, caso haja desistências.
Foi esse bônus que atraiu Bruna da Silva a entrar no programa.
Formada há cinco anos, a médica quer fazer residência em anestesiologia e
acredita que o percentual de 10% a mais na nota a ajudará a atingir esse
objetivo.
Bruna foi designada para trabalhar na cidade pernambucana de
João Alfredo, que tem 32 mil habitantes e fica a cerca de 100 quilômetros da
cidade onde ela morava, Recife. “Conseguimos resolver a vida de muitos
pacientes e evitar que eles procurem o hospital.”
Como na maioria dos postos de atenção básica, hipertensão e
diabetes são as maiores demandas do posto onde Bruna trabalha. “A equipe é
muito boa, e agora os pacientes estão deixando de ir ao hospital por problemas
que podem ser resolvidos nos postos, como controle de diabetes, de hipertensão,
entre outros.”
Divergências
Desde o início do programa, em 2013, os editais sempre abrem
chamadas primeiramente para médicos com registro no Brasil, em seguida, para os
brasileiros formados no exterior. As vagas restantes, que até 2014 acabavam
sendo a maioria, são ocupadas por profissionais da cooperação entre Brasil e
Cuba, intermediada pela Organização Mundial da Saúde.
A grande divergência entre entidades médicas e governo com
relação à iniciativa é que, enquanto a legislação brasileira exige registro nos
CRMs para que os médicos possam atuar no País, a Lei 12.871, que institui o
Mais Médicos, dispensa esse documento de pessoas formadas fora para atuação
exclusiva no programa. Dessa forma, a maioria dos profissionais do Mais Médicos
clinicam sem registro.
Sobre o programa
Criado em 2013, o Mais Médicos paga uma bolsa-formação a
médicos para que eles atendam na atenção básica de regiões carentes. Médicos
que se inscrevem individualmente ganham pouco mais de R$ 10 mil, já os cubanos
recebem menos, pois parte do dinheiro fica com o governo cubano. Hoje, 18.240
profissionais clinicam p
Fonte:Portal Brasil com informações da Agência Brasil
Via – Portal Vermelho
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