O jornalista brasileiro Rodrigo Lins, correspondente do site
Só notícia boa nos Estados Unidos, está fazendo a cobertura do massacre na
boate Pulse, em Orlando, na Flórida, desde que soube do incidente, na madrugada
de hoje (12). Cinquenta pessoas foram mortas e 53 feridas e “rádios locais estão divulgando a informação
de que o atirador estava sorrindo enquanto atirava nas pessoas”, segundo Lins.
O jornalista disse que as autoridades norte-americanas
especulam que o ataque tenha sido um atentado homofóbico, pois a boate era
voltada para o público gay. O assassino, identificado como o norte-americano
Omar Mateen, de 29 anos, entrou na boate com um rifle AR-15 e uma arma de
pequeno porte e abriu fogo contra cerca de 300 pessoas que estavam no local.
Após o ataque, Mateen foi morto a tiros pela polícia, segundo as autoridades
norte-americanas.
Em conversa com a Agência Brasil, por telefone, o jornalista
disse que assim que soube do tiroteio passou a apurar as informações com uma
amiga que vive no prédio ao lado da boate Pulse, porque o acesso ao local
estava interditado: “Ontem, fiz uma apuração remota, porque bloquearam os
quarteirões próximos e declararam logo estado de emergência, o que é levado
muito a sério aqui nos EUA.”
Hoje, pela manhã, Rodrigo Lins conseguiu entrar na área,
como jornalista correspondente, e acompanhou o trabalho policial e as coletivas
de imprensa durante o dia. Sobre a entrada de um homem armado na boate ontem,
que pode ser entendida como uma falha na segurança do local, Lins afirma que em
Orlando não é comum revistar pessoas nas entradas de shows e casas noturnas.
“Aqui em Orlando, por ser uma cidade provinciana e
turística, não há o hábito de fazer revistas na entrada de boates. Eles só
checam se as pessoas são maiores de idade, por isso o atirador conseguiu entrar
armado”, relatou o correspondente brasileiro. O jornalista disse estar surpreso
por ver como a população de Orlando, rapidamente, se mobilizou para lidar com o
problema: “É interessante como eles têm a capacidade de se ajudar neste
momento. Estou impressionado com a mobilização que tomou conta das ruas”.
Segundo Rodrigo Lins, as pessoas estão atendendo aos apelos
da prefeitura para doação de sangue e há centros de doação que têm mais 600
pessoas na fila: “Eles criaram rapidamente uma rede de voluntários. Estou
percebendo a união das pessoas, esse potencial de superação. Além dos doadores,
outros voluntários estão indo a esses centros levar alimentos e bebidas para as
pessoas que estão na fila”.
Pela manhã, a prefeitura de Orlando divulgou nota pedindo à
população que doasse sangue para ajudar as vítimas do tiroteio, informando que
havia uma “necessidade urgente” por sangue dos tipos O negativo, O positivo e
AB.
Os nomes das 50 vítimas do tiroteio na boate Pulse, na noite
deste sábado, em Orlando, nos Estados Unidos, estão sendo divulgados no site da
prefeitura da cidade.
Edição: Jorge Wamburg
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