Taxa foi de 11,2% no trimestre encerrado em maio, com 11,440
milhões de desempregados - crescimento de 40% em um ano, segundo o IBGE.
Em um mercado de trabalho com aumento da procura por uma
ocupação e sem oferta de vagas, a taxa de desemprego avançou no trimestre
encerrado em maio para 11,2%, o que corresponde a estimados 11,440 milhões de
desempregados no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada hoje (29) pelo IBGE.
A taxa ficou acima do trimestre
fechado em fevereiro (10,2%) e de igual período do ano passado (8,1%). O total
de desempregados cresceu, respectivamente, 10,3% (mais 1,069 milhão sobre
fevereiro) e 40,3% (acréscimo de 3,284 milhões ante maio de 2015).
O número de ocupados (90,849 milhões) variou -0,3% em
relação ao trimestre anterior, com menos 285 mil pessoas, e caiu 1,4% na
comparação anual, com redução de 1,255 milhão de vagas. Nos mesmos períodos,
cresceu a presença de pessoas procurando emprego, pressionando a taxa, que se
manteve no maior nível desde o início da pesquisa, em 2012.
A Pnad mostra também enfraquecimento do mercado formal.
O número estimado de empregados com
carteira assinada no setor privado (34,444 milhões) caiu 1,2% ante fevereiro
(menos 428 mil) e 4,2% em um ano (menos 1,520 milhão). Os trabalhadores sem
carteira crescem na comparação com o último trimestre e ficam estáveis no ano,
enquanto aqueles por conta própria caem 1,3%
e crescem 4,3%, respectivamente.
Entre os setores, ainda na comparação com o trimestre
encerrado em maio do ano passado, a indústria perdeu 1,415 milhão de vagas
(-10,3%) e os serviços domésticos criaram 390 mil (6,5%). A construção civil
teve acréscimo de 163 mil postos de trabalho (2,2%), a agricultura/pecuária
perdeu 128 mil (-1,4%) e o comércio/reparação de veículos, 80 mil (-0,5%). Na
administração pública, que reúne outras áreas, houve crescimento de 2,5%, com
382 mil vagas a mais, enquanto os serviços alternaram altas e quedas: o
segmento de transporte, armazenagem e correio, por exemplo, criou 236 mil vagas
(5,5%), enquanto o de informação, comunicação e atividades
financeiras/imobiliárias fechou 919 mil (-8,6%).
O rendimento médio, estimado em R$ 1.982, ficou estável em
relação ao trimestre concluído em fevereiro e caiu 2,7% ante igual período do
ano passado. A massa de rendimentos (R$ 175,6 bilhões) teve o mesmo
comportamento, com estabilidade no último período e redução de 3,3% ante 2015.
Via - Rede Brasil Atual
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