Helenir Aguiar Shurer, presidente do Cpers, durante assembleia realizada no Gigantinho, em Porto Alegre, reuniu centenas de professores que decidiram pela continuidade da paralisação |
Assembleias realizadas nesta sexta (24) e sábado (25),
professores da rede estadual do Paraná e Rio Grande do Sul decidiram pela greve
para reivindicar melhores condições de trabalho e salário.
Em Porto Alegre, assembleia geral do Centro de Professores
do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) rejeitou a contraproposta
apresentada pelo governo José Ivo Sartori (PMDB), e decidiu, nesta sexta-feira
(24), manter a greve da categoria que já dura 40 dias.
A proposta de continuidade da greve venceu por com 730
votos, contra 691. A proposta de Sartori não trouxe maiores novidades em
relação a propostas anteriores. O governo disse que não há nenhuma
possibilidade de reajuste salarial, dispondo-se apenas a revogar a Portaria n°
116/2016, que trata da questão do difícil acesso, e a não criminalizar o
movimento dos estudantes e dos educadores, entre outras questões.
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, fez um
balanço da mobilização da categoria e criticou a intransigência e falta de
diálogo do governo Sartori. “Esse governo só foi apresentar uma proposta após
mais de 30 dias de greve e depois de termos ocupado o CAFF. Isso mostra bem o
que estamos enfrentando: um governo autoritário, intransigente e que não
dialoga”, declarou.
Assembleia realizada neste sábado na sede do sindicato da
categoria, em Curitiba, os professores da rede estadual aprovaram estado de
greve com paralisação a partir do dia 30 de agosto. Durante toda a semana, o
sindicato pretende fazer uma série de atos e mobilizações para fortalecer a
convocação da categoria e a pauta de reivindicações.
“Deliberamos pelo estado de greve a partir deste momento e
um conjunto de ações que vão desencadear em uma paralisação no dia 30 de
agosto, com ato regional em Curitiba e atos em várias outras cidades do estado.
Não aceitaremos qualquer retrocesso”, disse presidente da APP Sindicato, Hermes
Leão
A pauta reivindica o pagamento e implantação dos valores em
atraso referente a progressões e promoções de professores e funcionários da
educação e a contratação de professores e funcionários aprovados em concurso.
A mobilização também prevê a participação dos estudantes com
o apoio da Upes (União Paranaense de Estudantes Secundaristas) para tratar da
cooptação da Seed aos grêmios estudantis e o fato de diretores/as de escolas
impedirem a entrada de lideranças estudantes e material dos movimentos social e
sindical; ações de denúncia da Operação Quadro Negro e da situação da merenda
nas escolas; e campanha contra o assédio nas escolas públicas.
Via - Portal Vermelho
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