No quarto dia de greve dos bancários, as instituições
financeiras melhoraram a proposta de reajuste salarial aos trabalhadores para
7% mais abono de R$ 3,3 mil. A proposta anterior era de reajuste de 6,5% e
abono de R$ 3 mil. Depois de quase cinco horas de reunião, o Comando Nacional
dos Bancários rejeitou a proposta na mesa de negociação.
A categoria pleiteia 14,78% de reajuste salarial e salienta
que o número representa “5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação”.
"Além de apresentar perda real nos salários, a nova
proposta não dialoga com questões fundamentais, como condições de trabalho e
emprego" disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos
Bancários.
Os bancários pedem também participação nos lucros e
resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24;
vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no
valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas
e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às
terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas
agências bancárias e auxílio-educação.
Em 2015, a greve durou 21 dias e a primeira melhoria de
proposta dos bancos ocorreu só no 13º dia de paralisação.
“O valor fixado para o abono está 10% acima da proposta
inicial apresentada no dia 29 de agosto e, somado ao reajuste no salário,
superior à inflação prevista para os próximos doze meses, representa um ganho
expressivo para a maioria dos bancários”, disse a Fenaban, em nota, nesta
sexta-feira.
Os trabalhadores entregaram a pauta de reivindicações no dia
9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva
de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca
de 512 mil pessoas.
Fonte: O Globo
Via – Portal Loanda
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