Desenhos apareceram entre segunda (26) e terça-feira (27),
no Paraná.
Ufólogo investiga; dono de plantação diz que foi brincadeira
de colegas.
Depois de quase um ano, figuras misteriosas voltaram a
surgir em uma lavoura de trigo em Prudentópolis, na região central do Paraná,
entre a noite de segunda-feira (26) e a manhã de terça-feira (27). Desta vez,
os desenhos apareceram na propriedade de Éder Rickli, que diz ter certeza que
"não é coisa de E.T".
Apesar disso, o ufólogo de Curitiba Ademar José Gevaerd
informou, por volta 7h desta quarta-feira (28), que estava indo até o local
para analisar se é mais um caso de agroglifo – como são chamadas pelos
especialistas as figuras geométricas que aparecem em plantações.
O ufólogo explica ainda que os agroglifos são autênticos,
não são feitos por mão humana e têm características que comprovam que a sua
natureza não é humana – como a forma, a perfeição simétrica, a exatidão nas
medidas e a existência de alteração eletromagnéticas dentro das figuras.
"Pelas fotos e vídeos que recebi, há quase certeza de
que se trata de um agroglifo. Mas, antes, preciso ver pessoalmente",
afirma.
Segundo Gevaerd, o primeiro agroglifo brasileiro foi visto
em Ipuaçu, no oeste de Santa Catarina, em 2008. Desde então, o fenômeno tem se
repetido na cidade, sempre no fim de outubro. "Agroglifos são sinais
diretos, inconfundíveis, indiscutíveis, inquestionáveis 'deles'",
acredita.
Gevaerd postou foto das imagens que recebeu da figura na
lavoura (Foto: Reprodução/Facebook)
'Coisa de quem não tem o que fazer'
No entanto, para o dono da propriedade, os desenhos não são
obra de extraterrestres.
"Eu andei investigando. Vi as câmeras de segurança da
BR [rodovia] e vi uma caminhonete. Reconheci a placa. São colegas meus, foi
trote. Eles avisaram que iam fazer na minha plantação um dia, assim como
fizeram no ano passado", relata.
Ainda segundo Éder, a figura foi muito mal feita.
"Parecem florzinhas. Dá para ver o rastro da caminhonete. É coisa de quem
não tem o que fazer, não de ET", conclui.
2015
Em 2015, entre 5 e 6 de outubro, círculos misteriosos também
surgiram em uma plantação de trigo em Prudentópolis, na propriedade rural da
família Santini. À época, Gevaerd também foi ao local e, hoje, afirma que, com
certeza, o desenho não foi feitos por mão humana.
"A nossa tese é a de que foram mesmo seres
extraterrestres. A nossa aposta é quente", afirma. A figura, à época,
dividiu não apenas a opinião dos curiosos, mas também a de ufólogos e a de
outros estudiosos.
Enquanto Gevaerd argumentava que a imagem era um sinal emitido
por extraterrestres, o professor Jorge Quillfeldt dizia que não se tratava de
um agroglifo e, sim, de “agrodepredação”.
Por conta da grande repercussão do caso, a lavoura atraiu
milhares curiosos, além de uma produtora interessada em gravar imagens para um
documentário sobre agroglifos. “Virou um ponto turístico”, brincou, à época, o
dono da propriedade rural e radialista Tito Santini.
Imagem aérea do agroglifo em Prudentópolis em 2015 (Foto:
Novelo Filmes)
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