Convocados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem
Medo, os atos repudiam o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff e
exigem a realização de eleições gerais.
Em São Paulo, o protesto reuniu cerca de 100 mil pessoas na
Avenida Paulista, que foi tomada por manifestantes que empunhavam cartazes e
faixas denunciando o golpe contra a democracia.
Os manifestantes saíram em marcha da Paulista até o largo da
Batata, na zona oeste. O protesto foi pacífico, até que, ao final, policiais
militares soltaram bombas contra os manifestantes.
A declaração de Temer, que, ao comentar os protestos, disse
que se tratava de um movimentozinho, foi repelido pelos manifestantes. Tanto
essa afirmação como a do seu ministro tucano José Serra, que chamou os atos de
"mini mini mini", foram alvos de respostas em cartazes irreverentes.
O evento contou ainda com a participação de diversas
personalidades políticas e artísticas como o cartunista Laerte Coutinho,
Eduardo Suplicy e a atriz Letícia Sabatella.
Em entrevista ao Mídia Ninja, a cartunista Laerte afirmou:
“Acho que muita gente ainda está na posição de retomar o curso do mandato da
presidenta Dilma, que foi também uma das pessoas que propôs uma consulta
popular na direção de uma eleição geral”.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) participou do ato em São
Paulo. “Estamos aqui porque São Paulo está virando o centro da resistência
contra o governo Temer. A direita dizia que aqui era deles, e o que estamos
vendo são passeatas quase que diárias. Agora, pela forma com que [tem agido] a
Polícia Militar, do governo Alckmin, mas organizado com Temer, porque a gente
sabe que o Alexandre Moraes, ministro da Justiça, era o secretário de Segurança
de São Paulo então, todos eles querem na verdade assustar as pessoas”, disse
Lindbergh.
"Hoje é mais uma mobilização popular pelo Fora Temer
exigindo Diretas Já, eleições para presidente do país, e defendendo nossos
direitos", disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo, em entrevista à Agência Brasil.
"Queremos reafirmar também nosso direito à manifestação. É escandaloso o
que foi feito pela Polícia Militar e pela Secretaria de Segurança, não só aqui
[em São Paulo], nas manifestações dessa última semana".
O governador tucano ameaçou impedir o ato deste domingo,
chegando até a, com autorização de Temer, usar as Forças Armadas para impedir o
ato. Durante toda a semana, manifestantes foram violentamente agredidos pela
ação da Polícia Militar, o que não intimidou os protestos.
Na sexta-feira (2), a secretaria de Segurança do governador
Geraldo Alckmin recuou e após reunião com organizadores e o prefeito Fernando
Haddad, o protesto foi liberado.
No Rio, a concentração do ato foi em Copacabana e terminou
no Canecão, em Botafogo. O prédio abriga atualmente os ativistas do movimento
#OcupaMinc, desde que o então governo interino de Temer decidiu extinguir o
Ministério da Cultura e fundi-lo à pasta da Educação.
Em Curitiba, o ato iniciou na Praça 19 de Dezembro. Em
Salvador, os manifestantes fizeram ato na região do Farol.
Via – Portal Vermelho
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