Ontem foi dia de
intenso movimento nas agências bancárias de Paranavaí. Bastante gente se
antecipou para sacar dinheiro, o que provocou filas e falta de dinheiro em
alguns caixas eletrônicos.
Muita gente buscou atendimento bancário ontem, último dia
antes da greve
|
O presidente do Sindicato dos Bancários de Paranavaí e
Região, Nilton Borges de Carvalho, informa que a greve atinge nesta primeira
etapa as cidades de Paranavaí (sete agências e dois postos de atendimento),
Nova Esperança (cinco agências). Loanda, Colorado e Nova Londrina (todas com
quatro agências cada). A meta é paralisação total, ou seja, 24 agências e dois
postos.
Também de acordo com o sindicalista, cada agência deve
permanecer com um número mínimo de 10% dos funcionários para manter alguns
serviços como os de caixas de autoatendimento e de aposentados (renovação de
cartões, etc.).
Ainda assim, muitos serviços serão afetados. Até por conta
disso, ontem foi intenso o movimento nas agências bancárias de Paranavaí.
Bastante gente se antecipou, confirma Borges de Carvalho, o que provocou filas
nos bancos.
Sem contar que foi dia de pagamento de salário para muitas
categorias profissionais, o que tradicionalmente faz aumentar o movimento.
Outro complicador é que muitas clientes vêm de Terra Rica
desde o começo do mês passado, quando uma quadrilha fortemente armada explodiu
13 caixas eletrônicos em quatro agências bancárias daquela cidade. As agências
passam por reformas.
Durante a greve o atendimento deve prosseguir normalmente
nas cooperativas de crédito que, apesar de oferecerem serviços financeiros, não
são enquadradas como banco. Portanto, seus colaboradores não pertencem à
categoria bancária.
NEGOCIAÇÃO - A Febraban - Federação Nacional dos Bancos -
ofereceu 6,5% de reajuste salarial e mais R$ 3 mil de abono linear. Os
bancários reivindicam 14,78%, sendo 9,31% de inflação acumulada nos últimos 12
meses, além de aumento real de 5%.
Diante da aprovação de greve, a Fenaban emitiu nota na
semana passada afirmando que a soma do reajuste proposto mais o abono deve
representar elevação acima da inflação do período. Também demonstra confiança
na negociação. No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários,
até a tarde de ontem não houve nova rodada de negociação.
Também no conjunto das chamadas cláusulas econômicas, os
bancos oferecem 80% do salário fixo de cada bancário a título de Participação
nos Lucros e Resultados - PLR.
Os profissionais reivindicam participação de três salários
mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vale-alimentação, refeição,
décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional
(R$ 880,00); além de 14º salário.
Além dos reajustes, o movimento pleiteia o fim do que
considera metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das
contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de
trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
O QUE OS BANCÁRIOS
PEDEM
Reajuste de 5% mais a inflação de 9,57%
benefícios R$ 880 em
vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche
PISO R$ 3.940,24
(equivalente ao salário mínimo do Dieese)
O QUE OS BANCOS
OFERECEM
reajuste 6,5%
sobre salário e benefícios
abono R$ 3.000
Nenhum comentário:
Postar um comentário