O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (7) que está
pronto para construir um muro na cidade de Calais, na França, para barrar a
entrada de imigrantes pelo Canal da Mancha. A medida já recebeu o aval das
autoridades francesas e deve ser colocada em prática ainda neste ano. As
informações são da Agência Ansa.
A imprensa britânica batizou o muro de "Grande Muralha
de Calais". A obra será feita na estrada que dá acesso ao porto de Calais
e terá quatro metros de altura por um quilômetro de comprimento. A construção
deve ser iniciada em setembro e custará cerca de 2,7 milhões de euros,
financiados por Londres.
De acordo com o ministro do Interior inglês, Robert
Goodwill, o muro "será construído em breve" e a verba para a obra vem
de um pacote milionário do governo para melhorar o gerenciamento das
fronteiras.
O muro deve passar pelos dois lados da estrada que leva ao
porto de Calais e por um campo onde vivem milhares de imigrantes.
"Em um momento em que centenas de crianças vulneráveis
estão bloqueadas e vivem em condições perigosas em Calais, protegê-las deve ser
nossa prioridade absoluta", disse o diretor de Relações com o Governo da
ONG Save The Children, Steven McIntosh.
"Estas crianças e jovens vão tentar, desesperadamente,
fugir do campo para conquistarem uma vida melhor e mais segura. É de vital
importância garantir que qualquer medida de segurança tomada em Calais não
coloque a vida deles em perigo", comentou.
O governo da Itália criticou a construção do muro britânico
na França e pediu que os países pensem em uma solução conjunta. "Eu não
julgo medidas adotadas por outros governos, mas penso que não iremos a nenhum
lugar desta maneira. Devemos ter consciência que a solução é investir na
África, resolver os conflitos, como na Síria, e dividir o peso da imigração em
nível europeu", afirmou o chanceler da Itália, Paolo Gentiloni.
No início do ano, a Áustria ergueu um muro para conter
imigrantes na fronteira da Itália, um dos países que mais recebem embarcações
de refugiados no Mar Mediterrâneo.
Edição: Maria Claudia
Via - Agência Brasil
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