O truculento Alexandre de Moraes – “ministro da justiça”, em
minúscula, como escreve Eugênio Aragão – parece que está com os seus dias
contados no covil golpista de Michel Temer.
Além de incompetente
e mentiroso, como ficou evidente nos recentes massacres em presídios, o
egocêntrico vai colecionando inimigos por todos os cantos. Juristas e advogados
de renome já lançaram um manifesto pelo sua imediata exoneração do posto.
Agora, a própria revista Época, do Grupo Globo, parece que resolveu rifá-lo.
Numa longa reportagem, que não seria publicada sem o prévio consentimento da
famiglia Marinho, ela concluiu que Alexandre de Mores é “o homem errado” para a
função.
Segundo a matéria, assinada por Alana Rizzo e Talita
Fernandes, o “ministro” é um falastrão, que não merece ocupar um dos cargos
mais importantes da República. “O amplo gabinete no 4º andar do Palácio da
Justiça sempre foi um dos mais disputados de Brasília. Quem se senta na cadeira
de ministro da Justiça tem à vista, subitamente, uma montanha de poder político
– e uma montanha igualmente imensa de encrencas. Boa parte dos problemas do
governo passa pelo Ministério da Justiça. É uma Pasta balofa. Tem orçamento de
R$ 14 bilhões e 12 secretarias, além da Polícia Federal e da Rodoviária
Federal. Cuida de índios, de anistias políticas, de estrangeiros, de presídios,
de cartéis, de direitos humanos. Cuida da relação do governo com os Tribunais
Superiores”.
Em função deste enorme poder, a reportagem lembra que desde
1882 a vida média de um ministro da Justiça mal chega a um ano. “O atual,
Alexandre de Moraes, está há nove meses na cadeira. Tem mais três meses para
alcançar a média de seus antecessores. Caso continue falando e agindo como se
ainda fosse secretário de Segurança de São Paulo, alheio à dimensão das
encrencas de Brasília e do país, talvez não dure tanto. Desde que assumiu o
cargo, Moraes parece deslumbrar-se com a montanha de poder que lhe assomou e
ignorar a outra, a dos problemas. Uma semana depois de tomar posse na Pasta,
ele não conseguia esconder uma alegria quase infantil em ocupar o cargo”.
“Nos primeiros dias de comoção provocada pela matança nos
presídios, Moraes travou uma disputa velada por poder e protagonismo com a
presidente do STF, Cármen Lúcia – um claro sinal de que ainda não consegue
entender as sutilezas das relações políticas da capital... Michel Temer virou
ouvidor da rivalidade que se desenrolou nos bastidores. Ao longo da semana,
ouviu de seu ministro a reclamação de que a presidente do Supremo estava ‘muito
midiática’, insinuando que ela assumira esse comportamento por ter pretensões
políticas. Em encontro no fim de semana passado, Cármen não escondeu do
presidente sua antipatia por Moraes: ‘O ministério da Justiça deveria falar
menos e fazer mais...’. Temer ouve reclamações semelhantes com frequência”.
“A reclamação discreta da presidente do Supremo causou
preocupação no Palácio do Planalto. Em uma conversa com Moraes, Temer
recomendou que ele evitasse ao máximo qualquer altercação com Cármen Lúcia. O
presidente viu-se obrigado a explicar o óbvio: o governo só tem a perder ao
enfrentar a presidente do Supremo. Especialmente no momento em que a cúpula do
Judiciário acumula embates com o Legislativo, toma decisões que afetam
diretamente as relações financeiras entre a União e os estados e, não menos
importante, está prestes a se debruçar sobre processos da Lava Jato que podem
envolver centenas de políticos – sendo muitos ligados também ao atual governo”.
Temendo o pior, o Judas Michel Temer pode estar prestes a
apunhalar o seu “ministro da justiça” – em minúscula. O clã dos Marinho já deu
o recado!
Via – Blog do Miro
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