O governo de Michel Temer pretende acelerar a entrega do pré-sal brasileiro a grande petroleiras estranheiras. Um dos principais objetivos do golpe parlamentar que retirou a presidente Dilma Rousseff, as áreas exploratórias do pré-sal serão objeto de um "megaleilão" neste ano.
Reportagem de Anne Warth, da agência 'Broadcast' deste
domingo, 29, mostra que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho,
não esconde a pressa do governo em vender os campos do pré-sal, que serão
apresentado em fevereiro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustívesis (ANP).
"Para atrair outras empresas, como a ExxonMobil e
outras grandes, e eles estão de olho no pré-sal, a ideia seria colocar novas
áreas e, em vez de esperar 2018, fazermos em 2017", diz o ministro. Em
março, o governo pretende aprovar o leilão em reunião extraordinária do
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). "Assim, podemos marcar a
licitação para novembro."
A expectativa do governo é que o leilão já seja realizado
sem a exigência de conteúdo local, o que deixa a indústria naval e do petróleo
em dificuldade ainda maior. Coelho Filho defende que a antecipação do leilão é
a melhor forma de atrair grandes investidores.
Em maio, a União fará um leilão de áreas exploratórias em
terra (onshore); em junho, serão leiloadas áreas no entorno de quatro blocos já
em operação no pré-sal (Carcará, Sapinhoá, Tartaruga Verde e Gato do Mato,
todas na Bacia de Santos) e, em setembro, haverá a 14.ª rodada de blocos
marítimos, mas no pós-sal (mais próximos da superfície, embora alguns também em
águas profundas).
Até hoje, o governo só realizou um leilão no pré-sal.
Licitado em 2013, o campo de Libra foi arrematado, sem concorrência, por um
consórcio formado pela Petrobrás, Shell, Total e as chinesas CNPC e CNOOC.
Fonte: Brasil 247
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