Começou nesta segunda-feira (30) uma grande operação do
Acordo de Paz na Colômbia. As zonas de transição das Farc receberam 4 398
guerrilheiros que vão baixar as armas e ingressar na vida civil.
Para mobilizar estes guerrilheiros foram desenvolvidas 36
operações a fim de leva-los às áreas conhecidas por zonas de transição, onde
devem deixar as armas e iniciar o processo de adaptação. Fiscais de todo o
mundo acompanham esta ação através do sistema de monitoramento da ONU.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou neste
sábado (28) que os membros das Farc ficarão concentrados em 26 zonas. Esta ação
foi negociada no acordo de paz assinado em novembro do ano passado para dar fim
aos mais de 50 anos de guerra.
O alto comissário da paz, Sergio Jaramillo, qualificou como
“um êxito” o translado dos membros das Farc feito durante o final de semana.
Segundo ele, em algumas regiões a viagem dura até sete horas e precisa de uma
estrutura de logística bastante complexa.
Segundo um documento oficial emitido pelo comissário, nesta
segunda-feira (30) serão efetivadas mais cinco operações de mobilização. Estas
vão atingir mais 598 homens e mulheres membros das Farc. Já há mais de 1500
guerrilheiros trabalhando no processo de adaptação, em breve serão mais de 6
mil ao total.
Com o acordo de paz ficou combinado que todos os membros das
Farc deixarão as armas de voltarão à vida civil. Muitos pretendem estudar,
cursar uma universidade e trabalhar para contribuir com o desenvolvimento de
pequenas comunidades. Outros ingressarão na vida política, para tal, foi
garantido um número de assentos no parlamento colombiano até as próximas
eleições.
A Colômbia enfrenta mais de 50 anos de conflitos entre o
governo e as guerrilhas. Além das Farc, agora o ELN (Exército de Libertação
Nacional) também está negociando um acordo de paz. No entanto, o governo terá
um outro desafio, ao final deste processo: combater o crime organizado e o
paramilitarismo.
Do Portal Vermelho, com Telesur
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