O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta
terça-feira (24) que a 5ª Cúpula da Comunidade de Estados da América Latina e
do Caribe (Celac) será um importante fórum para discutir os desafios diante da
administração do presidente norte-americano Donald Trump. E que o capitalismo e
imperialismo não têm projeto político que atenda a humanidade.
"Eu sinto que esta cúpula será muito importante frente
às novas ameaças do império norte-americano contra a América Latina, mas também
servem para uma discussão aprofundada dos presidentes sobre as políticas
econômicas e sociais para a humanidade", analisou Morales na cidade
central de Cochabamba, minutos antes sair para a República Dominicana.
A cidade de Punta Cana no país caribenho vai acolher a
partir desta terça-feira, chanceleres, chefes de Estado e de Governo dos países
do hemisfério, com exceção dos Estados Unidos e Canadá.
O presidente boliviano elogiou, em uma breve conferência de
imprensa, a importância do mecanismo de integração criado em 2011.
Os ex-presidentes Hugo Chávez, Luiz Inácio Lula da Silva,
Nestor Kirchner, Fidel e Raul Castro (atual presidente de Cuba), entre outros,
gestaram um movimento político de libertação e de integração da América Latina
e do Caribe frente aos programas impostos desde Washington, disse ele.
Evo também considerou que as políticas de mercado livre e de
comércio falharam, bem como a chamada globalização neoliberal, conduzida pelos
centros de poder hegemônico desde o final da década de 80 do século passado.
O Reino Unido abandonou a União Europeia e o novo presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, questiona a globalização, o que demonstra que
o capitalismo e o imperialismo não têm um projeto político para atender a
humanidade, explicou.
Para o chefe de Estado, o fracasso das políticas de
competitividade deve ser substituído pelo socialismo comunitário, ao abrigo do
princípio da solidariedade e complementaridade econômica e comercial.
Ele citou o desempenho recente desta nação andina amazônica,
caracterizada por forte investimento em programas sociais, recuperação dos
recursos naturais e gestão de empresas estatais estratégicas.
Isso permitiu que a Bolívia nos últimos cinco anos tenha se
tornado a nação da América do Sul com o maior crescimento do produto interno
bruto, cerca de 4,5% ao ano.
Em outra parte de seu discurso, Morales agradeceu o apoio
dos movimentos sociais e das comunidades camponesas, indígenas e originárias,
para fortalecer a revolução política e cultural que acontece desde 2006.
Além disso, valorizou as recentes mudanças no gabinete de
ministros, “a fim de que nosso processo de mudanças siga adiante”.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Wevergton Brito para o Resistência
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