Na próxima quarta-feira (12), mais de 70 mil mulheres do
campo, da floresta, das águas e das cidades de todos os estados brasileiros e
de várias partes do mundo se concentrarão no Estádio Mané Garrincha, em
Brasília, para marchar pela Esplanada dos Ministérios por igualdade,
democracia, pelo fim da violência, por agroecologia, pelo direito à terra,
educação, saúde e cumprimento de direitos básicos.
Trata-se da 5ª Marcha das Margaridas, a maior manifestação
pelos direitos das mulheres do mundo, coordenada pela Contag (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e por 11 entidades parceiras, entre
elas a CTB.
A marcha será realizada a partir das 7 horas da próxima
quarta-feira (12), entre o Estádio Mané Garrincha e o Congresso Nacional. A
partir das 15 horas, a presidenta Dilma Rousseff anunciará, em cerimônia no
estádio, o compromisso político do governo federal com a pauta das Margaridas.
Vale ressaltar que essas mulheres começarão a chegar em
Brasília na manhã da terça-feira (11), quando acontecerá, a partir das 14
horas, uma conferência com o tema “Margaridas seguem em Marcha por
Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e
Liberdade”.
Abertura oficial
Às 19 horas da próxima terça-feira (11) será realizada a
Abertura Oficial da 5ª Marcha das Margaridas, com a participação de vários
representantes de movimentos e organizações de mulheres do Brasil e do mundo, e
também de representantes do governo federal.
Reivindicações
O Caderno de Pauta de Reivindicações da Marcha das
Margaridas, entregue para o Governo Federal e Congresso Nacional, é resultado
de intensas jornadas com discussões coletivas realizadas pela Contag e
entidades parceiras no último ano em todos os estados do Brasil. Contemplam os
anseios e as demandas específicas de cada região brasileira, com fundamentação
e vivência de quem está na base, trabalhando e lutando diariamente por uma vida
mais digna.
História
A primeira Marcha das Margaridas foi realizada pela Contag
no ano 2000, quando cerca de 20 mil mulheres de todas as regiões se reuniram em
Brasília para fortalecer a luta das trabalhadoras do campo, das cidades, das
florestas e das águas de todo o Brasil. A 2ª Marcha aconteceu em 2003, quando
ainda mais mulheres uniram-se na capital federal por um país mais igualitário e
com direitos para todos. Em 2007 a 3ª Marcha floriu Brasília mais uma vez e, em
2011, mais de 100 mil mulheres marcharam na 4ª Marcha das Margaridas.
O dia escolhido para a mobilização é sempre 12 de agosto,
dia do assassinato de Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida morreu em
1983, aos 50 anos, vítima de um tiro de espingarda no rosto, crime encomendado
por um latifundiário que se viu ameaçado pela luta constante da trabalhadora.
Ela esteve à frente do sindicato por dez anos, lutando por direitos
trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º
salário, férias remuneradas. “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”,
afirmava Margarida Alves. Hoje, milhares de mulheres seguem seu exemplo de
coragem e determinação e mantem vivos os ideais dessa forte batalhadora.
Fonte: CTB
Via - Portal Vermelho
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