O escritor húngaro Péter Esterházy, o maior expoente do
pós-modernismo literário da Hungria e um dos mais importantes autores da
Europa, morreu nesta quinta-feira (14), aos 66 anos, em decorrência de câncer
no pâncreas, informou a editora húngara Magvetö.
Nascido em Budapeste, em 14 de abril de 1950, em uma das
famílias aristocratas mais importantes da Hungria. Os Esterházy tiveram seus
bens tomados em 1948 após a o Partido Comunista ganhar o poder.
Já Peter se dedicou plenamente à literatura desde 1978, após
estudar matemática na Universidade Elte, na capital húngara, e se tornou em um
dos escritores húngaros mais conhecidos no mundo.
Autor de mais de 30 livros, o húngaro já ganhou mais de 20
prêmios no mundo todo, incluindo o prestigiado Kossuth, na Hungria, em 1996, o
Prêmio da Paz da Associação dos Livreiros Alemães da Feira de Frankfurt, em
2004, Ordre des Arts et des Lettres, da França, o Prêmio Herder, da Alemanha.
Sua obra foi traduzida para mais de 20 idiomas, incluindo o
português, e reconhecida com vários prêmios como o e o Prêmio Kossuth, da
Hungria.
A linguagem do autor de "Uma Mulher" se
caracteriza pelo jogo linguístico, a intertextualidade e textos compostos como
um mosaico.
"Harmonia Caelestis" (2000) em que conta a
história de sua família, de seus ancestrais na época do império austro-húngaro
até a perseguição pela ditadura comunista.
Em 2005, com o título "Revu et corrigé"
("Revisto e corrigido", em tradução livre), publicou uma nova versão
de "Harmonia Caelestis" ao descobrir que seu pai havia sido um
informante da polícia política durante a época comunista.
O escritor era membro da Academia Europeia de Ciências,
Artes e Letras, da Academia de Arte de Berlim e da Academia de Ciências da
Hungria.
Para Estarházy, "a arte é luz que provém do mundo, isto
é, do leitor", disse em 2010, em entrevista à Efe em Madri.
Via - ICAB
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