Modelo paquistanesa popular nas redes sociais por suas
publicações sensuais foi estrangulada pelo irmão em um crime de honra.
"Sim, certamente a estrangulei", confessou Muhammad Wasim.
Muhammad Wasim, irmão de Qandeel Baloch, é escoltado pela
polícia após ser preso (foto: AFP / SS MIRZA)
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O irmão de Qandeel Baloch, modelo paquistanesa popular nas
redes sociais por suas publicações sensuais, mas condenada pelos conservadores,
afirmou neste domingo que não está arrependido de tê-la matado "por seu
comportamento intolerável".
"Sim, certamente a estrangulei", confessou
Muhammad Wasim em uma entrevista coletiva organizada pela polícia na cidade de
Multan. "Estava no primeiro andar, enquanto nossos pais dormiam no andar
de cima. Eram 22h45 quando lhe dei um comprimido e a matei", descreveu
Wasim, que disse ter agido sozinho.
Qandeel, cujo nome verdadeiro era Fauzia Azeem, foiassassinada na noite da última sexta-feira, na residência da família em Multan.
Seu irmão foi preso ontem, após ser denunciado pelo pai, e, neste domingo,
compareceu ao tribunal, ao qual deverá retornar na próxima quarta-feira para
uma audiência.
Milhares de mulheres morrem anualmente no Paquistão em
crimes de honra. Em muitos casos, os assassinos, que costumam ser parentes da
vítima, não são punidos, porque a legislação permite que as famílias os perdoem.
O assassinato comoveu o Paquistão, e uma vigília foi
realizada ontem em Lahore, enquanto uma petição por justiça já reuniu milhares
de assinaturas. A jovem foi enterrada hoje, perto da casa da família. Embora
alguns a considerassem uma Kim Kardashian do Paquistão, outros acreditam que
ela foi uma ativista que lutava pelos direitos das mulheres.
Parentes e moradores de Qandeel Baloch carregam o corpo da
celebridade de mídia social, durante seu funeral na aldeia de Shah Sadar Din,
cerca de 130 quilômetros de Multan (foto: AFP / SS MIRZA)
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Em sua última publicação no Facebook, em 4 de julho, Qandeel
dizia querer mudar "a típica mentalidade ortodoxa das pessoas", e
agradeceu aos seguidores "por entenderem a mensagem que tento passar
através de minhas publicações e vídeos ousados".
"Qandeel foi uma pessoa muito astuta, que sabia que o
que fazia era algo maior do que ser a menina má mais amada no Paquistão",
disse à AFP a ativista e jornalista Aisha Sarawari. "Seu assassinato
representa um novo retrocesso para as mulheres da nossa geração",
lamentou.
Benazir Jatoi, que trabalha na Aurat Foundation, ONG local
que defende os direitos legais e políticos das mulheres, afirmou que "há
muitos culpados pela morte de Qandeel". "Ela representava muitas
mulheres paquistanesas que morrem assassinadas por uma sociedade que dá carta
branca para os homens", denunciou.
Qandeel Baloch era idolatrada por muitos jovens do país por
sua coragem de quebrar tabus (foto: AFP / STR )
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Via - em.com.br
Não adianta mais falar que isso é uma berração nem que o fim do mundo porque já falão tudo isso e outras coisas na verdade é cada um por ci é uma pena por ela uma menina tão linda i nova ter que cer assassinada pelo proprio irmão é triste isso
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