De acordo com o estudante Adilson Silva Oliveira, um dos
organizadores da manifestação, o objetivo é chamar a atenção do Governo do
Estado para os problemas enfrentados pela instituição.
Os manifestantes prometeram que permanecerão no local por tempo indeterminado Foto: Fabiano Vaz Fracarolli |
A porta que dá acesso ao bloco administrativo está fechada.
Um cartaz informa que a entrada dos funcionários é permitida apenas para
“baterem ponto”. Essa é a situação no campus da Universidade Estadual do Paraná
(Unespar), em Paranavaí, que teve a sede da direção ocupada pelos acadêmicos na
noite de segunda-feira.
De acordo com o estudante Adilson Silva Oliveira, um dos
organizadores da manifestação, o objetivo é chamar a atenção do Governo do
Estado para os problemas enfrentados pela instituição. Entre as reivindicações
dos acadêmicos, a readmissão dos funcionários terceirizados que foram demitidos
recentemente com dois meses de salários atrasados.
Na avaliação da acadêmica Larissa Klosowski, a falta desses
trabalhadores tem prejudicado a manutenção do campus: já que o quadro de
servidores é deficitário, a limpeza de todos os espaços internos e externos não
é feita da melhor maneira possível. “Os funcionários estão sobrecarregados”,
destacou.
A lista de exigências inclui, ainda, a participação
estudantil nas decisões referentes à destinação dos R$ 380 mil recebidos pela
Unespar a partir de uma emenda parlamentar; o repasse dos R$ 16 milhões
previstos para 2016 (verba de custeio); e a contratação de professores (seriam
pelo menos dois: um para o curso de História e outro para Letras).
Oliveira explicou que a ocupação não tem prazo para
terminar. Para que isso ocorra, afirmou o estudante, é necessário que as negociações
com o Governo do Estado avancem. Na manhã de hoje, o grupo de manifestantes se
reunirá com representantes da diretoria local e da reitoria da Unespar.
À frente da ocupação está o movimento Universidade Sem Medo.
Segundo os representantes do grupo, trata-se de um ato de resistência às
decisões que prejudicam a comunidade acadêmica. Ao mesmo tempo, não tem a
intenção de comprometer o calendário letivo, por isso, as aulas não foram
interrompidas. A decisão foi tomada em uma reunião na noite de segunda-feira.
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