Na semana passada, o ministro Edson Fachin rejeitou o pedido
de prisão e aceitou apenas o afastamento dos parlamentares.
Em depoimento de delação premiada, empresário Joesley
Batista disse que pagou este ano R$ 2 milhões em propina a Aécio Neves / Valter
Campanato/Agência Brasil.
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Jéssica Gonçalves*
Radioagência Nacional
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou,
nessa segunda-feira (23), um recurso para o plenário do Supremo Tribunal
Federal para defender a prisão preventiva do senador afastado Aécio Neves e do
deputado federal licenciado Rodrigo Rocha Loures.
Na semana passada, o ministro Edson Fachin rejeitou
individualmente o pedido de prisão e aceitou apenas o afastamento dos
parlamentares do mandato. As acusações tem como base as informações prestadas
no acordo de delação premiada dos executivos da empresa JBS.
No recurso, Janot afirma que a prisão de Aécio e de Loures é
“imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”. O
procurador justifica que há no inquérito aberto pelo Supremo escutas
telefônicas e outras provas que demonstram que eles atuaram para obstruir as
investigações da Operação Lava Jato.
Em depoimento de delação premiada, o empresário Joesley
Batista disse que pagou este ano R$ 2 milhões em propina a Aécio Neves, para
que ele atuasse em favor da aprovação da Lei de Abuso de Autoridade e anistia
ao caixa 2 em campanhas eleitorais. Também em depoimento, os donos da JBS
afirmam que Rocha Loures recebeu R$ 500 mil para interceder em assuntos de
interesse do grupo.
A defesa de Aécio informou em nota que, com relação ao
pedido da PGR, aguarda ser intimada para apresentar seus argumentos, e que vai
demonstrar a impropriedade e o descabimento do pedido. E acrescentou que ainda
hoje vai entrar com um agravo contra a decisão de Fachin que afastou o senador
do cargo.
Já os advogados de Rocha Loures argumentam que não há
qualquer motivo para a prisão do deputado, e afirmam que Loures vai prestar
todos os esclarecimentos devidos no momento oportuno.
Via - Brasil de Fato
(*) Com informações da Agência Brasil.
Edição: Radioagência Nacional
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