Enquanto o PSDB tenta explicar os fatos que envolvem o seu
presidente nacional, agora afastado, Aécio Neves (MG), o seu presidente em
exercício, Tasso Jereissati (CE), declarou nesta segunda-feira (22) que o
partido só vai decidir se permanece ou desembarca do governo após os
julgamentos dos processos que correm contra Michel Temer, no Supremo Tribunal
Federal (STF) e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"O PSDB está vendo isso com muita responsabilidade, com
muito cuidado, existem desdobramentos aí e tem agora na quarta uma votação no
Supremo. Nós vamos aguardar. Tem uma votação logo em seguida do TSE. Nós vamos
aguardar que nossa visão de tudo aquilo que fizermos e que venha acompanhado do
julgamento das instâncias do Judiciário, melhor e mais consolidado",
disse.
Já o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes
Ferreira, senador licenciado e vice na chapa de Aécio - derrotada nas urnas em
2014 -, saiu em defesa de seus parceiros e apontou a sua mira contra o Supremo
Tribunal Federal.
O tucano criticou o ministro Edson Fachin, relator da Lava
Jato, por ter homologado a delação dos executivos da JBS. Segundo ele, Fachin
não tem “competência jurídica” para validar o acordo.
Aloysio também criticou a decisão de abrir inquérito para
investigar Temer e afastar Aécio de seu mandato e pediu para o plenário do
Supremo “pôr ordem na casa”.
“Para Janot e Fachin, só há um ministro no STF: o próprio
Fachin. Fachin é o relator da Lava-Jato, não é o relator universal da
República. Lava Jato é investigação sobre a Petrobras e não sobre os crimes da
JBS e duas eventuais conexões com políticos”, escreveu Aloysio.
“Fachin não tinha competência jurídica para a misericordiosa
homologação da delação de Joesley. Tampouco para determinar a suspensão do
mandato do Aécio, a abertura do processo contra Temer e a prisão de Andrea
Neves. Tudo isso é ilegal e não pode subsistir. O pleno do Tribunal precisa pôr
ordem na casa, para que as apurações prossigam, mas de acordo com o ordenamento
jurídico”, completa o tucano.
Do Portal Vermelho, Dayane Santos com informações de
agências
Nenhum comentário:
Postar um comentário