Na maior caradura, a esposa do correntista suíço Eduardo
Cunha, que está preso no Paraná, afirmou que “não fazia a menor ideia” de onde
vinha a fortuna que bancava as suas milionárias despesas no exterior.
Questionada sobre a sua estranha inocência, ela respondeu: “Em casa, eu não era
jornalista. Eu era a Cláudia, e ele, meu marido... Ali não tinha ninguém
fazendo entrevista ou perguntando nada. Eu era apenas esposa e mãe”.
Depois de noves meses, quase a fórceps, finalmente a
jornalista Cláudia Cruz – ex-âncora da TV Globo – prestou depoimento ao
seletivo juiz Sergio Moro, o chefão da midiática Lava-Jato, nesta quarta-feira
(16). Na maior caradura, a esposa do correntista suíço Eduardo Cunha, que está
preso no Paraná, afirmou que “não fazia a menor ideia” de onde vinha a fortuna
que bancava as suas milionárias despesas no exterior. Questionada sobre a sua
estranha inocência, ela respondeu: “Em casa, eu não era jornalista. Eu era a
Cláudia, e ele, meu marido... Ali não tinha ninguém fazendo entrevista ou
perguntando nada. Eu era apenas esposa e mãe”.
Acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, no
processo que investiga o esquema de propina na Petrobras, Cláudia Cruz afirmou
que nem sabia que tinha conta na Suíça. Ela disse que possuía um cartão de
crédito internacional, usado para pagar as despesas de seus filhos, que
estudavam fora do Brasil, e que só ficou sabendo que a grana provinha de uma
conta no exterior no decorrer da investigação, em meados de 2015. “Eu não tinha
qualquer motivo para desconfiar... Quando essas notícias vinham à tona [sobre o
esquema de corrupção], ele ficava muito bravo. Socava a mesa, e eu, idem.
Nesses momentos, ele sempre repetia: o meu dinheiro é lícito”.
Por mais risível que pareça, o depoimento de Cláudia Cruz
pode complicar ainda mais a vida do maridão presidiário. Nem o afetuoso Sergio
Moro – que tem como única obsessão “matar” Lula – terá como validar esta
conversa mole. Até o insuspeito Josias de Souza, que tanto torceu pelo mafioso
quando da abertura do processo de impeachment contra Dilma, já chegou a esta
conclusão. Em texto postado em seu blog no UOL, nesta quinta-feira (17), ele
decretou: “Defesa de Cláudia Cruz amarra a corda no pescoço do seu marido
Eduardo Cunha”. Vale conferir alguns de seus argumentos, que certamente
chegarão aos ouvidos do “justiceiro”, que mantém íntimas relações com a mídia
golpista:
*****
“Intimada, Cláudia Cruz compareceu à audiência com Sérgio
Moro. De saída, informou que não responderia senão às perguntas formuladas por
seu advogado. Foi ensaiada para o papel de dondoca alienada, capaz de torrar
US$ 1 milhão em compras de luxo, como apontado nos autos, sem se preocupar com
a origem do dinheiro. Com sua defesa, conseguiu provar apenas que é uma ré
indefesa. E ainda amarrou uma corda no pescoço do marido, hospedado no PF’s Inn
de Curitiba.
Acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, Cláudia
Cruz disse que não sabia que seu supercartão de crédito estava vinculado a uma
conta secreta no estrangeiro. Espanto! Só acordou para a existência da conta
quando ela foi bloqueada pela Justiça, em 2015. Pasmo!! Sim, é verdade, assinou
“vários papéis.” Entretanto, “se era de um cartão ou de uma conta, eu não sei.”
Estupefação!!! Quem lhe deu os documentos para assinar? “Meu marido.” Hummmmm…
Em algum momento, a defesa rota da madame irá cruzar com as
alegações esfarrapadas de Cunha. Mesmo depois de preso, o marido-provedor
sustenta a versão segundo a qual não possui propriamente contas no exterior. É
um mero beneficiário de aplicações feitas em seu nome por um trust, organização
que gere o patrimônio de terceiros. Não recebeu verba suja da Petrobras. Não,
não. Absolutamente! Fez fortuna no comércio exterior e no mercado financeiro.
Decerto incluirá nas alegações finais a última do papagaio.
Sempre que o noticiário o acusava de corrupção, “o Eduardo
ficava muito bravo, com muita raiva, socava a mesa, e eu, idem”, disse a esposa
modelo na audiência convocada por Moro. “Nesses momentos, ele sempre repetia: o
meu dinheiro é lícito.” Em franco processo de autocombustão, Cláudia Cruz
deixou as autoridades em dúvida. Não sabem se ela é uma inocente culpada ou uma
culpada inocente. Mas uma coisa é certa: ficou demonstrado que o cônjuge é o
verdadeiro sexo oposto. Aproximou o marido do forca. Fez isso por falta de
opção.
Via – Blog do Miro
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