O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, celebrou a
aprovação do recente acordo de paz com as FARC-EP na plenária do Senado, ao
mesmo tempo em que manifestou otimismo pelo debate de hoje na Câmara dos
Representantes.
O referido pacto foi apoiado com 75 votos a favor e nenhum
contrário, o mandatário comentou em sua conta do Twitter depois de agradecer o
apoio dos legisladores ao documento conclusivo dos diálogos com as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP).
Segundo a Rádio Caracol, a bancada do Centro Democrático -
crítico severo do documento- participou na análise de 12 horas, mas não na
votação final.
Na sessão escutaram-se as declarações do advogado Humberto
da Rua, quem se destacou como chefe dos porta-vozes governamentais nos diálogos
com esse movimento guerrilheiro, bem como de promotores do Sim e do Não no
plebiscito.
O atual consenso tem como base o inicial oficializado em
Cartagena das Índias no final de setembro e rechaçado depois pela maioria dos
participantes nesse exercício democrático.
A partir de então, Santos convocou a um diálogo nacional com
vistas ao reajuste do texto, no que finalmente se incluíram modificações,
ampliações ou precisões em 56 dos 57 eixos temáticos renegociados.
Não obstante as mudanças, o CD -encabeçado pelo
ex-presidente Álvaro Uribe- mantém uma oposição férrea frente a uma parte do
acordado com essa guerrilha, a principal envolvida na guerra interna.
Nesta quarta-feira, a Câmara dos Representantes deverá
discutir o conjunto de convênios e submetê-los a votação.
O mecanismo de autentificação pela via do Congresso foi
escolhido pelo Governo e as FARC-EP como o mais adequado, decisão que teve o
apoii do Conselho de Estado, políticos, defensores de direitos humanos e outras
personalidades.
Ao referir-se ao plano de paz, o ocupante da Casa de Nariño
explicou que a legitimação no órgão legislativo máximo abrirá as portas à fase
de implementação.
Defensores do processo pacificador como De la Rúa, confiam
que a Corte Constitucional aprove o emprego do método de fast track, o qual
facilitaria a rápida tramitação das leis imprescindíveis para aplicar em sua
totalidade o acordo com as FARC-EP.
A rápida aplicação do pactuado é fundamental para impedir o
desmoronamento do cessar fogo bilateral e a perda de mais vidas, enfatizou o
chefe de Estado em uma carta dirigida ao Parlamento.
Prolongada durante mais de meio século, a guerra deixou 300
mil mortos, quase sete milhões de deslocados de seus lugares de origem e ao
menos 45 mil desaparecidos.
Via – Prensa Latina
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