Por Altamiro Borges
No Blog do Miro
Não será nada fácil a vida dos golpistas - principalmente
para os que, de forma oportunista, traíram o seu passado e jogaram a sua
história no lixo. Que o diga a senadora Marta Suplicy, que foi eleita para
diversos cargos públicos com o apoio do PT e que até o final de 2014 era
ministra de Dilma Rousseff. Hoje, filiada ao PMDB do mafioso Eduardo Cunha, ela
se traveste de vestal da ética e desponta como uma das líderes da cavalgada
golpista pelo impeachment da presidenta. Haja botox!
Mas esta surpreendente conversão não engana ninguém. Os seus
antigos eleitores, principalmente da periferia de São Paulo, já a tratam com
desconfiança, como traidora. E seus novos "amigos", furiosos inimigos
da esquerda e das políticas sociais, não gostam dela. Sempre a trataram de
"Martaxa" e de outros adjetivos impublicáveis. Neste domingo, Dia
Internacional dos Trabalhadores, Marta Suplicy teve mais uma prova de que sua
jogada oportunista poderá dar xabu. Em pleno ato da Força Sindical, na capital
paulista, ela foi vaiada e foi obrigada a encurtar seu discurso demagógico e
golpista.
Segundo relato do insuspeito jornal O Globo, "a
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que foi vaiada ao iniciar seu discurso,
comentou o pacote de mudanças anunciado por Dilma, que chamou de 'ato de
desespero'". Já o Estadão - que nunca gostou da ex-prefeita - pegou mais
pesado. "Vaiada ao ser anunciada e durante seu breve discurso, a senadora
Marta Suplicy, provável candidata do PMDB à prefeitura de São Paulo, afirmou
que 'o Brasil tem jeito'. 'Daqui a 10 dias teremos uma luz no fim do túnel',
disse ela, em referência à data de apreciação do processo de impeachment no
Senado".
Esquecendo o seu passado, a ex-petista ficou ao lado de
Paulinho da Força, o mercenário que sempre tentou desqualificá-la na política.
Este, porém, parece que também não agradou as pessoas que foram ao Campo de
Bagatelle, na zona norte da capital, para concorrer a um dos automóveis
sorteados. Ainda segundo o Estadão, "anfitrião do evento, o deputado Paulo
Pereira da Silva (SD-SP) chegou a cantar uma música usada em atos de rua
pró-impeachment, sem empolgar o público". Pelo jeito, os presentes
rejeitaram os dois farsantes - um mais antigo e outra mais recente. A vida é
dura!
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