Isso inclui a CPMF e a reforma da Previdência, com o apoio
de partidos, como o PSDB, que sabotaram todas as iniciativas do segundo governo
da presidente Dilma Rousseff; tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
como o futuro ministro Henrique Meirelles já sinalizaram que um novo imposto
será praticamente inevitável; maioria que vem sendo formada pelo
vice-presidente Michel Temer no parlamento pode permitir até reformas
constitucionais; ao PSDB, não resta escolha a não ser apoiar o governo Temer;
até porque se um governo que já sofre críticas de ilegitimidade vier a
fracassar, estará aberto o caminho para a volta do ex-presidente Lula, que
lidera as pesquisas, ao poder; neste domingo, no Primeiro de Maio, a presidente
Dilma Rousseff afirmou que a sabotagem do parlamento, que apostou no 'quanto
pior, melhor', foi uma das causas da recessão atual.
Via Brasil 247
Ao discursar no Vale do Anhanganbaú, neste Primeiro de Maio,
a presidente Dilma Rousseff tocou num ponto importante, que vinha sendo omitido
em seus discursos. Ao citar a recessão e o desemprego, ela mencionou a
sabotagem do parlamento, que, não apenas barrou todas as suas iniciativas, como
também lançou as chamadas pautas-bomba.
Desde que venceu as eleições presidenciais de 2014, Dilma se
comprometeu com um ajuste fiscal de curto prazo e também com medidas que
visavam garantir a solvência futura do Estado brasileiro. No primeiro caso, a
saída seria a CPMF. No segundo, a reforma da Previdência, que, segundo o
ministro Jaques Wagner, seria um dos legados de Dilma.
No entanto, a oposição, ensandecida pelo impeachment,
sabotou as duas iniciativas. No entanto, com a aprovação do impeachment, nada
mais será como antes. Neste fim de semana, na coluna Radar, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso afirmou que a criação de um novo imposto será
inevitável – proposta que já conta com o aval do futuro ministro Henrique
Meirelles. Discretamente, os jornais já voltam a falar na CPMF.
Da mesma forma, haverá apoio a uma reforma da Previdência,
que não será muito diferente daquela que seria proposta pela presidente Dilma.
Além disso, no domingo, a Folha afirmou, em sua manchete, que Temer terá
maioria até para fazer reformas constitucionais – o que abrirá caminho para a
flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho.
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