Por Maicon Fortunato
A história é simples, destas de vizinhas fuxiqueiras,
sente-se para não cansar, se aprochegue para melhor escutar.
No tal do "disse me disse", ouvi dizer por aí, nesse
mundão de meu Deus, que fulano bajulando ciclano se atreveu a maldizer de
beltrano.
Num sei a modo de que, por mando de quem, a conversa chegou
aos ouvidos mais alcoviteiros de toda a redondeza. A figura emblemática, dotô
de terno e gravata, se espichou feito gato escaldado abocanhando o microfone a
fim de contá uma conversa fiada.
A prosa à toa coisa boa num pudia dá! Corriqueiro,
malfeitor, língua de trapo, sem medir as palavras foi logo se atirando, e no
disse me disse, foi pego com a boca na botija e, por fim, teve que se
desculpar. Tanta tontice, abestado maior não existe do que estes que num tal de
disse me disse se atrevem a fuxicar.
Eu na minha crendice, cego pra tudo que se diz verdade,
prefiro ouvir o canto do galo do que as vozes que nos tempos da carochinha se
ouvia falar.
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