O presidente de Cuba, Raúl Castro, exigiu o fim do bloqueio
dos Estados Unidos a Cuba durante sua participação na 70ª sessão da Assembléia
geral da ONU, nesta segunda-feira (28). Além do bloqueio, que já causou
incontáveis danos econômicos à ilha, Raúl também pediu a devolução do
território ocupado ilegalmente pela Base Naval de Guantánamo.
Raúl Castro condenou novamente o bloqueio a Cuba e exigiu a devolução do território ocupado ilegalmente pela Base Naval de Guantánamo |
“A normalização das relações com os Estados unidos será alcançada quando termine este bloqueio econômico contra Cuba”, disse Raúl. Afirmou ainda que, enquanto existir o bloqueio, Cuba vai usar o espaço da Assembleia Geral da ONU para denunciá-lo e evidenciar os prejuízos causados ao povo cubano.
Raúl agradeceu ainda a garra e a coragem do povo da ilha que
por todo este tempo tem apoiado as ações da revolução cubana contra as ações
intervencionistas dos Estados Unidos.
Apoio aos governos progressistas da América Latina
O presidente cubano reafirmou seu respaldo absoluto aos
governos progressistas da América Latina e Caribe e condenou os constantes
ataques da ultradireita internacional que age, através das elites conservadoras
na região.
“A Venezuela poderá contar sempre com o apoio de Cuba diante
das tentativas de desestabilizar e destruir a obra de Hugo Chávez e continuada
pelo presidente Nicolás Maduro”, afirmou.
Manifestou ainda seu respaldo à Revolução Cidadã, que o
presidente Rafael Correa, colocou em curso no Equador. E parabenizou Cristina
Kirchner por sua “incansável luta” contra os denominados fundos abutres e pelo
direito da Argentina sobre as Malvinas, ocupadas pelo Reino Unido em 1833.
Raúl condenou a “invasão colonial” sob a qual Puerto Rico
está submetida pelos Estados Unidos, ação que tem privado os porto-riquenhos de
sua independência e soberania há mais de cem anos. O país caribenho vive sob a
dominação política e econômica dos Estados Unidos, de tal forma que nem
eleições presidenciais são realizadas. Ou seja, os cidadãos de Porto Rico não
votam em eleições presidenciais, mas são governados por Barack Obama.
Direitos Humanos
O presidente cubano lamentou que “desfrutar dos Direitos
Humanos” seja uma utopia para milhões de pessoas no mundo quando condenou a
continuidade das guerras no Oriente Médio. “Não é possível que diariamente
cerca de 17 mil crianças morram de enfermidades curáveis, enquanto que em todo
mundo o gasto militar seja de 1.7 trilhão de dólares”.
Nesta terça-feira (29), Raúl Castro reuniu-se com Barack
Obama pela primeira vez logo que foram abertas as embaixadas nos dois países,
em julho. Esta ação marcou o restabelecimento das relações diplomáticas entre
os dois países depois de mais de meio século de ruptura.
Via Portal Vermelho
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