O parlamento boliviano aprovou no sábado (26) uma reforma
parcial na Constituição, que vai ser referendada em fevereiro de 2016, que
permitirá ao presidente Evo Morales recandidatar-se pela terceira vez em 2019.
No final de um debate que durou 18 horas, o Parlamento
aprovou, com dois terços dos votos, a alteração constitucional que vai permitir
duas reeleições consecutivas do presidente, em vez de uma.
Evo Morales, 55 anos, é o presidente há mais tempo em
exercício na América Latina. Ele foi eleito no final de 2005, com 54% dos
votos, reeleito no final de 2009, com 64%, e eleito de novo em 2014, com 61%
dos votos. O atual mandato termina em 2020, e as eleições estão previstas para
o final de 2019.
A oposição, fragilizada pela sua falta de unidade,
considerava que Evo Morales não podia se recandidatar em 2014 porque a
Constituição não permite, desde 2009, mais do que dois mandatos consecutivos. O
Supremo Tribunal da Bolívia considerou em 2013 que o primeiro mandato de
Morales não contava porque a nova regra constitucional não estava ainda em
vigor.
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