O ex-deputado André Vargas, que foi vice-presidente da
Câmara dos Deputados, foi condenado, ontem, a 14 anos e quatro meses de
prisão pelo juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato. Moro o
considerou culpado de desvios em recursos de publicidade.
Na sentença, Moro fez referência a um gesto de Vargas contra
o ex-ministro Joaquim Barbosa, durante o julgamento da Ação Penal 470.
“O parlamentar, como outros e talvez até mais do que outros,
tem plena liberdade de manifestação”, escreveu Moro. “Protestar contra o
julgamento do Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 é algo,
portanto, que pode e poderia ter sido feito por ele ou por qualquer um, muito
embora aquela Suprema Corte tenha agido com o costumeiro acerto. Entretanto,
retrospectivamente, constata-se que o condenado, ao tempo do gesto, recebia
concomitantemente propina em contratos públicos", prosseguiu.
Segundo o juiz Vargas teria uma "personalidade não só
permeável ao crime, mas também desrespeitosa às instituições da Justiça".
Também foram condenados o publicitário Ricardo Hoffmann 12
anos e dez meses – e o irmão do ex-deputado, Leon Denis Vargas Ilário, 11 anos
e quaro meses.
Via - Brasil 247
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