Em discurso na Assembleia Geral da ONU neste domingo (27), a
presidenta Dilma Rousseff anunciou que o Brasil pretende reduzir em 37% as
emissões de gases de efeito estufa até 2025. Para 2030, segundo a presidenta, a
ambição é chegar a uma redução de 43%. Estas serão as metas que o país vai
levar para a Conferência do Clima em Paris, a COP-21, em dezembro. Os números
foram aguardados durante meses e são considerados ambiciosos e ousados pelas
comunidades científica e internacional.
A presidenta destacou que Agenda 2030 exige solidariedade global e determinação de todos os países membros para que as metas sejam atingidas |
A presidenta afirmou, porém, que a Agenda 2030 – que propõe
as novas metas dos países membros das Nações Unidas – exige solidariedade
global, determinação de todos e comprometimento para enfrentar não só a mudança
do clima, mas também superar a pobreza e construir oportunidades.
Deixou claro que o Brasil tem uma meta bastante clara sobre
a redução de emissões de gases de efeito estufa. “O Brasil é um dos poucos
países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões.
Temos uma das maiores populações e PIB do mundo e nossas metas são tão ou mais
ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos”, afirmou.
Para alcançar as metas estabelecidas, a presidenta elencou
as medidas a serem adotadas pelo Brasil até 2030: o fim do desmatamento ilegal no Brasil; a restauração
e o reflorestamento de 12 milhões de hectares; a recuperação de 15 milhões de
hectares de pastagens degradadas; e a
integração de cinco milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas.
Na área de energia, a presidenta também anunciou metas ambiciosas.
O Brasil irá ampliar a presença de fontes renováveis na matriz energética
brasileira, chegando a um percentual de 45%. “Note-se que, no mundo, a média é
de apenas 13% dessa participação e, na OCDE, de apenas 7%”, destacou Dilma.
A presidenta também assegurou a participação de 66% da fonte
hídrica na geração de eletricidade e participação de 23% das fontes renováveis
– eólica, solar e biomassa – na geração de energia elétrica. Outro compromisso
assumido foi o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica e a participação
de 16% de etanol carburante e de demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no
total da matriz energética.
“O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões
de gases de efeito estufa, sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e
nossa inclusão social. Para tanto, continuamos diversificando as fontes
renováveis em nossa matriz energética, uma das mais limpas do mundo. Estamos
investindo na agricultura de baixo carbono e reduzimos em 82% o desmatamento na
Amazônia. Podem ficar certos que a ambição continuará a pautar nossas ações”,
salientou Dilma Rousseff.
Via - Portal Vermelho
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